“O VALOR DA CONVICÇÃO”

 Há muito tempo, li uma estória interessante. Um jovem camponês foi convidado para assumir um emprego que lhe renderia um bom salário. Entretanto, como estudava Teologia, resolveu pregar o evangelho, e deixou de aceitar a boa oportunidade que lhe ofereciam, e preferiu continuar levando a mensagem de Deus aos pecadores. Era sem dúvida um chamado do Senhor. Um juiz, amigo da família, ao visitar a casa do jovem, perguntou por ele, e seus pais lhe disseram que o mesmo estava pregando o evangelho, depois de rejeitar o bom emprego que lhe ofereciam. O magistrado, então, perguntou onde encontrar o jovem pregador, para dissuadi-lo da missão. Ao encontrar o rapaz, o juiz lhe interpelou, dizendo: “Jovem, é verdade que você deixou de aceitar um bom emprego, para ficar aí pregando a Bíblia?”.
O rapaz respondeu que sim. O juiz, então, lhe disse: “Você está perdendo seu tempo. Esse livro que você prega não é mais acreditado por ninguém. Esse Deus não existe!”. E aconselhou o moço a deixar de lado a pregação do evangelho, e aceitar a oportunidade que lhe era oferecida para ganhar um bom salário. O jovem, então, voltando-se para o juiz, lhe disse: “Senhor juiz! Suas palavras também não têm nenhum valor para mim, pois sua sentença já foi dada há muito tempo atrás”. “Minha sentença!”, perguntou o juiz, admirado. “Que sentença!”. O jovem, então , tomando sua Bíblia, abriu-a, e leu para o juiz ouvir: “Os loucos dizem: Não há Deus!” (Sl 14.1). O juiz ficou re- voltado, por sentir-se injuriado por um simples e ignorante camponês, e lhe disse: “Jovem, eu vou ler esse livro, e tudo o que se tem escrito contra ele, para lhe desmoralizar”. E saiu dali indignado. Tempos depois, o juiz voltou a procurar o jovem, e lhe disse que, ao ler a Bíblia, e pesquisar obras que comba- tiam o livro sagrado, descobriu suas próprias faltas e pecados, e creu em Deus, aceitando a Cristo como salvador.
Assim, vemos que a convicção de um jovem, ou de qualquer pessoa que crê em Deus, tem muito valor para o testemunho cristão. Se o rapaz houvesse ficado envergonhado, diante de uma pessoa culta, acima de tudo um juiz, teria sido derrotado em sua fé, e o diabo certamente teria sido exaltado. No entanto, o jovem cristão não se deixou intimidar pelo ataque do 2 adversário. A exemplo de Jesus, quando de sua tentação, no deserto, o humilde pregador usou a arma mais poderosa contra Satanás, que é a “espada do Espírito”, a palavra de Deus (Ef 6.17). E o fez com grande habilidade e coragem, debaixo da unção e autoridade do Espírito Santo. O resultado foi extraordinário.
O adversário de sua fé, mesmo sendo um homem culto, teve a idéia de pesquisar obras que combatessem a Bíblia. E “o tiro saiu pela culatra”, como se diz na linguagem popular. Ao invés de encontrar erros no livro sagrado, este lhe desnudou a alma, e revelou seus pecados. A sorte do orgulhoso magistrado foi que, buscando combater a Bíblia, descobriu que o errado era ele, e foi humilde o suficiente para reconhecer seus pecados, e aceitar a Jesus como salvador. Infelizmente, a maioria dos homens e mulheres cultos não querem saber de Deus. Mas, para esses, há, também, uma sentença bíblica: “Os ímpios serão lançados no inferno, e todas as gentes que se esquecem de Deus” (Sl 9.17). Convicção é certeza.
O cristão convicto não se deixa levar por falsas doutrinas, filosofias humanas, pensamentos materialistas, e nem mesmo por movimentos religiosos que se apresentam como modernos, avançados, e que não passam de simulacros de cristianismo. Hoje, é muito comum aparecerem igrejas e movimentos, que procuram atrair pessoas crentes, através de ensinos fantasiosos, espetaculares; e há também movimentos que querem atrair pessoas através do “evangelho do entretenimento”.
E há quem caia nesse “conto do vigário” por falta de convicção, de segurança, de certeza de fé. Há quem se desvie por causa de uma “cara feia”; porque alguém pisou no seu pé; porque ouviu uma palavra que não gostou; porque não conseguiu um emprego; porque não passou no vestibular; porque não arranjou um namorado, ou uma namorada; por causa dos amigos da escola, do trabalho, da família, etc. Isso revela falta de convicção. Contudo, diz S. Paulo: “porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele Dia” (Ef 1.12b).

Pr. Elinaldo Renovato de Lima 
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