A igreja, ao longo de sua história, sempre teve que lidar com muitos desafios. Cada um deles representando o momento histórico vivido. O livro de Atos, que marca o início da igreja, narra desafios com o judaísmo, religião institucional dominante no cenário palestino. No mundo grego, a filosofia pagã dualista não podia conceber a ideia de um Deus que se encarna e não só isso, que ressuscita, gerando um debate longo entre o pensamento pagão e o pensamento cristão. A fé cristã teve que lidar com perseguição e morte de alguns de seus membros durante seus primeiros séculos. No fim do império Romano com a chegada dos bárbaros e suas demandas, para citar alguns exemplos. Contudo, importa saber qual o desafio da fé cristã hoje. Para isso, é importante estabelecer o momento vivido pela igreja contemporânea e a demanda que esse tempo carrega.
Para o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, os tempos contemporâneos, que em sua análise começam a partir do fim do século XX, podem ser chamados de “Modernidade Líquida”. A metáfora da liquidez utilizada para destacar que o momento histórico atual é marcado pelo derretimento das bases sólidas da sociedade, como a tradição. “Mas a modernidade não foi um processo de “liquefação” desde o começo? Não foi o “derretimento dos sólidos” seu maior passatempo é a principal realização?”, observa o autor (BAUMAN, 2001, p. 9). O que levanta desafios claros a igreja, pois sua construção se dá por meio da tradição e repousa sobre bases sólidas e absolutas, como a existência de Deus. O filósofo alemão Peter Sloterdijk descreve a contemporaneidade como uma era pós Deus. A luminosidade do divino é gradativamente apagada no surgimento do novo momento. “O crepúsculo da civilização começa no instante em que os habitantes da grande construção cultural são tomados pelo presente sentimento de que nem mesmo os sistemas humanos mais sólidos do presente foram construídos para a eternidade” Diante de tal afirmação, como não ver o choque entre o momento cultural vivido e a fé cristã que tem suas formulações sobre o entendimento de eternidade? Há, inevitavelmente, um desafio à fé cristã no presente tempo. Peter L. Berger, sociólogo da religião, tomando emprestado o termo do sociólogo israelense Shmuel Eisenstadt, “modernidade múltipla”, reflete sobre a dificuldade de estabelecer um conceito que unifique todos os comportamentos humanos. “A ideia [...] é muito simples: a modernidade não aparece apenas numa única versão, mas em várias versões” (BERGER, 2017, p. 138).
O papel do cristão é ter a sabedoria de entender qual versão de modernidade ele tem que lidar para formular respostas adequadas para seu tempo e sua cultura.
Já para o teólogo estadunidense, Timothy Keller, o presente tempo pode ser chamado de uma “Era secular”. Para ele, “uma “era secular” é aquela em que toda a ênfase recai sobre o saeculum, sobre o aqui e o agora, sem que haja qualquer concepção daquilo que é eterno” (KELLER, 2018, p. 13). O eco prático disso, segue o teólogo: “O sentido da vida, orientação e felicidade são entendidos e buscados na prosperidade econômica, no conforto material e na realização emocional do presente” (KELLER, 2018, p. 13). Não há esperança no porvir ou uma expectativa de eternidade, mas uma vida voltada para a satisfação imediata.
O presente texto objetiva analisar o pensamento e proposta para lidar com o desafio da Era Secular a partir do pensamento do pastor e teólogo, Timothy Keller. Destacando os pontos que o autor propõe para que a fé cristã continue respondendo às demandas de seu tempo, como fez ao longo de sua história, e sendo relevante para o ser humano hoje. Para isso, três divisões principais serão destacadas no texto, para fins pedagógicos e argumentativos, que são: Por que as pessoas precisam de religião?Religião é mais do que você pensa; e, O cristianismo faz sentido.
Essa não é a única oposição ao secularismo, pois o meio acadêmico tem produzido material que desestabiliza a sua estrutura. Deus voltou a pauta das cátedras das universidades.
“Ao longo da última geração, filósofos como Alasdair MacIntyre, Charles Taylor e Alvin Plantinga têm produzido um importante conjunto de obras acadêmicas em apoio à crença em Deus e criticando o secularismo moderno de maneiras que não são nada fáceis de responder” (KELLER, 2018, p. 23).
O secularismo é abalado diante desse novo cenário. Só que isso suscita uma pergunta: como a religião cresce mesmo em um ambiente secular? Para Timothy Keller há duas boas razões. Primeiro, é que o raciocínio secular é incapaz de responder perguntas existenciais importantes para o ser humano, e, em segundo lugar, as pessoas percebem de modo intuitivo que há algo para além do imanente ou da materialidade da vida (KELLER, 2018, p. 24).
No campo da moralidade, Timothy Keller se vale do pensamento de Jürgen Habermas, filósofo e sociólogo alemão, que desenvolveu uma crítica contra o movimento secular no que tange sua capacidade de lidar com as questões de ordem moral a partir de suas próprias bases teóricas. “Ele [Habermas] agora acredita que a razão secular sozinha não consegue explicar o que ele chama de “a substância do (ser) humano”. Argumenta ele que a ciência não tem como fornecer parâmetros pelos quais julgar se suas invenções tecnológicas são boas e más para os seres humanos” (KELLER, 2018, p. 25). A eugenia é utilizada como base de prova, pois do ponto de vista científico ela não foi desacreditada, mas sim com base na moral que a ciência não forneceu.
O avanço do estudo genético moderno em identificar e corrigir genes não é só devedor da eugenia, mas é a própria prática dessa ciência. Mai & Angerami destacam que a eugenia sempre foi entendida como sendo “a preocupação com a saúde e constituição das futuras gerações”. Sendo assim, qualquer conhecimento científico que traga essas preocupações pode ser definido como partidário de uma ação eugênica.
Certamente, tecnologias que prometem a “retirada do gene defeituoso” se encaixam em um ideal eugênico (TEIXEIRA, 2017, p. 73).
Mesmo não ganhando o nome de eugênicas, as ciências genéticas mantêm as bases nessa ciência não mais nominada. Não há no pensamento de Keller um desprezo pela ciência, mas um olhar para sua insuficiência.
‘A ciência é uma força magnífica, mas não um mestre da moralidade. Ela pode aperfeiçoar tecnologias, mas não acrescenta limites morais que projetam a sociedade do uso indevido dessas tecnologias. [...] A ciência não ensina [nem pode] o amor fraternal’. A razão secular e científica é uma grande virtude, mas se a entendermos como única base para a vida humana, haveremos de descobrir que existem coisas demais de que necessitamos e que nela faltam (KELLER, 2018, p. 28-29).
Um dos limites do pensamento científico secular é sua incapacidade de responder às demandas humanas, que, por exemplo, existe na dimensão ética.
No campo existencial, o autor estudado aponta para as dimensões intuitivas do ser humano, que em alguma medida tem expectativas com o transcende. A realidade da morte para o homem e sua inquietude diante dela aponta para um desejo por uma continuidade pós morte. A religião ainda faz sentido para muitas pessoas porque é capaz de fornecer respostas, mesmo que de fé, para esses dilemas existenciais.
O intuitivo da transcendência muitas vezes está na resposta do homem ao belo, ou melhor, no que muito da arte, não só ela, desperta naquele que a contempla, “a obra de arte transcende, sobretudo, o sujeito, quer enquanto produtor quer enquanto receptor de arte” (DUQUE, 2003, p. 76). “Há ocasiões em que somos ‘tomados’ por experiência de uma beleza tão avassaladora que nos sentimos compelidos a usar o termo ‘espiritual’ para explicar nossa reação” (KELLER, 2018, p. 32). O autor conclui a seção com a seguinte pergunta: “É possível, então, que a arte continue a provocar nas pessoas a inescapável intuição de que a vida é mais do que o secularismo científico é capaz de Explicar?” (KELLER, 2018, p. 33.).
Histórias como essa se popularizam, segundo Timothy Keller, para demonstrar a superioridade do secularismo ateu (KELLER, 2018, p. 49). Tendo como referência a expressão cunhada por Charles Taylor, “história de subtração”, o autor observa, que “as pessoas alegam que a perspectiva secular por elas adotada é simplesmente o que lhes restou depois que a ciência e a razão lhes subtraíram a antiga crença no sobrenatural” (KELLER, 2018, p. 49). Fazendo com que muitos desacreditem da fé, mesmo que bons argumentos lhes sejam apresentados.
O que não é dito na narrativa secular é que as bases que a constituem não repousam na razão, mas a própria fé que é criticada está em seus alicerces. A tentativa de cristalização da razão como único elemento necessário para a ciência apresenta falhas importantes. Pois um dos pontos destacados por Keller é o fato de afirmar que a razão é o único meio de chegar à verdade é, por si mesmo, um ato de fé. Com isso, “razão e prova precisam começar com fé na razão e crença em algum conceito específico de prova” (KELLER, 2018, p. 53). Logo, assim como a religião, o racionalismo cientificista da era secular também tem base na fé.
Para Keller, três são os motivos para que o sentido descoberto seja mais importante e mais valioso que os criados.
Segundo lugar, o sentido descoberto é mais comunitário do que os sentidos criados (KELLER, 2018, p. 97). A proposta de criação de sentido do século 21 é completamente individualista, o que é muito nocivo para a realidade social. Exortando sobre o cuidado com a “Casa comum”, Papa Francisco fala sobre os riscos de pensamento individualista, “Quando o ser humano se coloca no centro, acaba por dar prioridade absoluta aos seus interesses contingentes, e tudo mais se torna relativo” (FRANCISCO, 2015, p. 299-100).
Já o sentido descoberto propõe uma experiência comunitária, dando a todos um sentido comum para conduzirem a sua vida, fortalecendo assim os laços sociais.
Por fim, o terceiro ponto destacado por Keller, é que o sentido descoberto é mais durável do que os sentidos criados (KELLER, 2018, p. 100). O autor, analisando o relato do médico judeu, Viktor Frankl, que sofreu nos campos de concentração da Segun da Guerra Mundial, observa que diante do sofrimento muitos sucumbiam a ele por desistirem de um sentido para viver en quanto outros permaneceram lutando contra a dor. Ele destaca que “Frankl percebeu que o único modo de fazer a humanidade dos prisioneiros sobreviver era transferindo o sentido principal de sua vida para algum ponto de referência transcendente, para algo além desta vida e até mesmo do mundo” (KELLER, 2018, p. 101). O que permanecia era a fé diante do sofrimento.
O “eu” não é mais formado a partir do encontro com os outros, mas é uma autoprodução. Para Timothy Keller, esse pensamento não é de todo ruim. Pois há um rompimento com movimentos absolutistas, até mesmo no seio da igreja, que impediam o homem de desenvolver a imagem e semelhança de Deus que há nele. No entanto, uma confiança cega nos seus desejos interiores é ingenuidade. Olhando para a psicanálise, o autor destaca que “Freud acreditava que cada indivíduo tinha desejos profundos que eram essencial e inevitavelmente egoístas” (KELLER, 2018, p. 162). Construir uma identidade somente conduzida por desejos pessoais levaria o homem a grandes conflitos. O autor destaca três problemas para a identidade moderna.
Em primeiro lugar, a identidade moderna é ilusória (KELLER, 2018, p. 163). Não há identidade que seja construída a partir de si mesma, ela sempre dependerá da sua relação com o outro, “contrariando nossa narrativa cultural, precisamos primeiro olhar para fora de nós mesmos e nos conectarmos com alguma outra coisa, antes de podermos mergulhar dentro de nós mesmos e fazer qualquer avaliação” (KELLER, 2018, p. 165).
Em segundo lugar, a identidade moderna é esmagadora (KELLER, 2018, p. 168). As implicações da identidade individualista dos dias atuais são vistas em um fardo grande no próprio indivíduo. Um exemplo disso são as sociedades meritocratas, onde toda responsabilidade de sucesso está no indivíduo, não problemas no sistema educacional, falta de nutrientes alimentares, entre outros. A suposta liberdade da identidade moderna acaba virando um grande fardo. Não importa se você é de uma classe social inferior, se você estudou em colégios de baixa qualidade, se você não é bem-sucedido a culpa é somente sua. Por vezes, esse fardo é reforçado com pontuais histórias de sucesso apresentadas para a sociedade.
Seu último ponto, é que a identidade moderna está se partindo (KELLER, 2018, p. 172). Partindo no sentido de fragmentar as relações. O mais importante são os interesses pessoais e não a relação com a outra pessoa. Bauman, ainda no prefácio de sua obra Amores Líquidos, diz sobre os relacionamentos em um tempo líquido: ...desconfiados da condição de “estar ligado”, em particular de estar ligado “permanentemente”, para não dizer eternamente, pois temem que tal condição possa trazer encargos e tensões que eles não se consideram aptos nem dispostos a suportar, e que podem limitar severamente a liberdade de que necessitam para - sim, seu palpite está certo - relacionar-se (BAUMAN, 2004, p. 8).
O compromisso com outro se dá por meio de laços frágeis, para que rapidamente possam romper-se assim que desejarem. Só que isso causa um impacto nocivo na sociedade e na cultura. Se opondo a essa percepção está a fé cristã, que chama para uma busca de identidade que está no outro e em si mesmo, pois o ser humano é a imagem de Deus. Em última análise, a identidade está em Deus.
Diante de uma sociedade secular com uma moral esquizofrênica, como destaca Keller (2018, p. 226-233), é possível retornar ao debate sobre justiça, moral, ética, com um argumento a favor de Deus. Pois a existência de uma necessidade moral real no ser humano pode apontar para um criador moral. “O filósofo George Mavrodes afirma que a realidade da obrigação moral pode não provar a existência de Deus, mas é evidência muito forte disso” (KELLER, 2018, p. 241).
Por isso, é possível conduzir uma sociedade secular a refletir sobre a importância da religião, de modo especial, a fé cristã, como promotoras de uma moral social com mais fundamento teórico em sua narrativa e mais amor em suas proposições. Pois, “o evangelho de Jesus Cristo oferece uma verdade absoluta não opressora, que fornece uma norma fora de nós como modo de fugir da ineficácia do relativismo e do individualismo egoísta” (KELLER, 2018, p. 267).
Seu primeiro argumento é comparativo. Após apresentar a cosmovisão secular e suas falhas, agora ele faz um breve comparativo com a maneira de pensar que a fé cristã propõe, o que ele de certa forma já havia feito ao longo da obra. Lançando um olhar para toda obra, ele afirma: “o cristianismo é o que mais faz sentido sob o aspecto emocional e cultural” (KELLER, 2018, p. 272). Com isso em mãos, o leitor pode fazer uma análise racional da proposta de vida cristã em comparação ao secularismo contemporâneo. Mas seu primeiro argumento é só um preparo para os demais.
No seu segundo ponto ele apresenta motivos racionais para crer em Deus corrigindo uma premissa de acusação do mundo secular, que pede provas da existência de Deus. Como se Deus fosse um ser terreno e que pudesse levantar provas de sua existência como se faz quando se descobre um novo espécime. Baseado no filósofo C. Stephen Evans, o autor argumenta que Deus não pode ser provado empiricamente como pretendem alguns, mas a partir da lógica a existência de Deus pode ser provável.
Esses são os próximos seis argumentos deste trecho do livro. O já conhecido argumento cosmogônico, que se algo existe é porque sua existência depende de outra e assim sucessivamente, é utilizado pelo autor. O ponto final desse argumento é um ser pessoal e eterno que deu origem a tudo. Isso não prova, conclusivamente, a existência de Deus, mas é um forte argumento para pensar na existência de um ser acima da realidade encontrada. Outro ponto é o design percebido no universo. Muitos cristãos têm chamado a atenção para o aspecto ordenado do mundo, como: leis da física, a constante gravitacional e outros. Além da utilização da probabilidade para pensar a vida na Terra. “Tratando-se de probabilidade, a chance de que todos esses indicadores fossem ajustados ao mesmo a fim de possibilitar a vida é cerca de 10100” (KELLER, 2018, p. 276). O que não prova a existência de Deus, mas deixa mais provável a existência de uma mente inteligente por trás de tudo do que obra do acaso.
O quinto ponto do autor é a realidade moral do ser humano. “A maioria das pessoas acredita que existam não apenas sentimentos morais, mas também uma obrigação moral” (KELLER, 2018, p. 278). Keller argumenta que essa realidade moral se encaixa de modo mais plausível em um universo que foi criado por um ser pessoal e moral, e não por algo impessoal. Ele continua apelando para a História, “historiadores nos contam que a noção dos direitos se desenvolveu a partir das sociedades que acreditavam no Deus da Bíblia” (KELLER, 2018, p. 278).
A consciência é seu sexto ponto argumentativo. A biologia por mais que tenha avançado e descoberto muito sobre o ser humano, ainda deixa lacunas importantes, como a do ser humano como ser consciente de sua existência, assim como a sua capacidade de fazer abstrações. Por mais que neurocientistas afirmem que consciência, afeição, moral, estejam em algum campo da associação de células nervosas, mesmo sem provar como, é difícil convencer pessoas que suas experiências de vida não passam de respostas sinápticas.
O sétimo e oitavo elementos argumentativos de Timothy Keller caminham juntos, é a razão e a beleza. Sobre a razão, o autor recorre ao filósofo Alvin Plantinga e seu argumento contra a ideia de que a razão humana é fruto da evolução. Pois se a evolução é uma resposta à necessidade de sobrevivência e a razão foi uma resposta a essa necessidade, como outros animais sobrevivem sem a necessidade dela? O que levanta desafios aos pós-modernos. Já no campo da beleza, ele apela para o sentimento estético do homem, que ao seu ver não pode ser fruto de evolução. O que a coloca como uma dádiva divina concedida ao homem, pois é partilhado por seu próprio criador.
Suas argumentações não procuram deixar provas incontáveis sobre a existência de Deus, pois ele deixa claro que Deus é o improvável, no sentido que não pode ser provado empiricamente. Mas a existência de Deus é racionalmente mais sensata do que a sua inexistência, e mais, a existência de um Deus pessoal, moral, belo e criativo.
Para fé cristã sua crença em Deus não é fruto de análises lógicas, pois como já foi observado nos argumentos anteriores do autor, não há como provar Deus. Os argumentos mais fragilizam a visão secular do mundo do que apontam para um Deus pessoal, santo, gracioso. Os cristãos derivam sua fé da auto-revelação de Deus. É a fala de Deus ao homem que leva pessoas à fé em Jesus Cristo. O conhecimento de Deus é apresentado por Ele mesmo por meio da obra de salvação de Cristo Jesus. A fonte para o conhecimento de Jesus como figura histórica está, principalmente, nos documentos neotestamentários. Os quatro evangelhos, Mateus, Marcos, Lucas e João são os que se destacam no Novo Testamento como relatos mais diretos sobre a pessoa de Jesus. Mesmo sofrendo ataques de céticos que diziam que Jesus era uma figura inventada por alguns judeus, estudos recentes comprovam a historicidade de Jesus.
Para Timothy Keller, esses relatos têm o objetivo de mostrar o caráter de Jesus, que por sua vez é “a expressão exata do seu ser” (Hb 1.3), o ser de Deus. Apresentando ao mundo um Deus que expressa sabedoria, liberdade, bondade e salvação. Salvação para o homem aflito e angustiado de um mundo sécular. Salvação para as demandas da vida e para a própria morte, mal que tanto aflige o homem em sua existência. Um caminho de vida verdadeiro e digno que leva o homem até o Deus que o criou (Jo 14.6).
sombra o homem ao longo de sua história, como: sofrimento, morte, sentido e outros. A humanidade continuou a sua busca por significado para enfrentar os desafios que marcam a sua existência. E, ao que parece, a religião, especialmente a fé cristã, tem as melhores respostas.
O esforço de Timothy Keller ao longo de sua obra é desmascarar as falácias propostas pela visão de mundo secular e contrapor com a cosmovisão cristã. Ele salienta que mesmo que Deus não possa ser provado empiricamente isso não implica a sua existência, ao mesmo tempo que demonstra o quanto logicamente o cristianismo faz sentido para explicar as diligências da vida. De modo pessoal, Deus na pessoa de Jesus Cristo, veio propor uma saída para a humanidade. A salvação que é fruto de seu amor.
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