Fundamentos: A Biblia


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FUNDAMENTOS - AULA 01

O QUE É A BÍBLIA?

A Bíblia nos diz o que Deus pensa sobre suas próprias palavras(Revelação).

Como em Teologia agente distingue revelação geral e revelação especial.


Geral:

“Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos” (Sl 19.1)


As Escrituras nos dizem que Deus é a fonte de toda verdade. Tudo procede dele, assim como uma nascente, por menor que seja, pode ser a fonte de um rio caudaloso. Em outras palavras, não somente a verdade religiosa, mas toda verdade é dependente da obra de revelação de Deus.

O princípio ensinado por Agostinho e, depois, por Tomás de Aquino é que, “como criaturas, não poderíamos saber coisa alguma se não fosse pelo fato de que Deus tornou o conhecimento possível para nós.” Agostinho ilustrou a ideia por meio da luz física. Ele disse que até aqueles que têm visão perfeita, se fossem colocados numa sala cheia de objetos bonitos, não poderiam ver nada de beleza se a sala estivesse mergulhada em escuridão.

“Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual fez também o universo. Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas (Hb 1.1-3).”

Nos tempos do Antigo Testamento, Deus falou diretamente ao povo em várias ocasiões. Houve ocasiões em que ele se revelou por meio de sonhos e sinais específicos, como o fez para Gideão. Houve ocasiões em que Deus se revelou por meio do lançar sortes – como o uso de Urim e Tumim, pelos sacerdotes – e por meio de teofanias. A palavra teofania vem das palavras

gregas theos, que significa “Deus”, e phaneros, que significa “manifestação”.

Portanto, uma teofania era apenas uma manifestação visível do Deus invisível.


A opinião de Deus sobre suas palavras pode ser dividida em quatro categorias gerais: autoridade, clareza, necessidade e suficiência.

2. AUTORIA E AUTORIDADE

Fundamental do ponto de vista dos reformadores quanto à primazia e à autoridade da Escritura, era a autoria da Bíblia. Observe a intimidade entre estas duas palavras, autoridade e autoria. Ambas contêm a palavra autor. Os reformadores diziam que, embora a Bíblia apresentasse um livro de cada vez e tivesse sido escrita por seres humanos, o autor supremo da Bíblia não foi Paulo, Lucas, Jeremias ou Moisés, e sim Deus mesmo. Deus exerceu sua autoridade por meio dos escritos de autores humanos que serviram como porta-vozes dele para o mundo. Como é possível autores humanos serem investidos da autoridade de Deus? Os profetas, como observamos no capítulo anterior, afirmavam que sua mensagem vinha de Deus; é por essa razão que duas expressões latinas têm sido usadas historicamente para se referirem à natureza da Escritura Sagrada. Uma expressão é verbum Dei, que significa “a Palavra de Deus”, e a outra é vox Dei, que significa “a voz de Deus”. Os reformadores acreditavam que, embora Deus não tivesse escrito pessoalmente as palavras que aparecem nas páginas da Bíblia, elas eram as palavras dele como se tivessem sido entregues a nós diretamente do céu. Em sua segunda carta a Timóteo, Paulo escreve: “Toda a Escritura é inspirada por Deus” (2 Tm 3.16). A palavra grega aqui traduzida por “Escritura”, graphē, significa apenas “escritos”

3. INSPIRADA

A palavra traduzida por “inspirada” é traduzida como “dada por inspiração”. Devido à longa história da doutrina da inspiração, devemos fazer uma distinção entre o significado de 2 Timóteo 3.16 e a maneira pela qual o vocábulo inspiração tem sido entendido no decorrer da história da igreja. B. B. Warfield ressaltou, certa vez, que o significado real de 2 Timóteo 3.16 tem a ver não tanto com a maneira pela qual Deus comunicou sua informação (por meio de escritores humanos), e sim com a fonte dessa informação. Literalmente, Paulo escreveu nesta passagem que toda a Escritura é theopneustos, ou seja, “soprada por Deus”. E isso tem a ver com o que Deus sopra e não em quem Deus sopra. O significado por trás das palavras de Paulo é que toda a Escritura é soprada para fora por Deus. Soprar para fora é expiração, enquanto soprar para dentro é inspiração. Portanto, tecnicamente, deveríamos traduzir esta expressão como que dizendo que toda a Escritura é dada por “expiração de Deus”, em vez de por “inspiração”. O ensino é que, ao insistir no fato de que toda a Escritura foi soprada para fora por Deus, Paulo está dizendo que a origem suprema da Escritura é Deus. Ele é a fonte destes escritos. Quando falamos de inspiração como um conceito, estamos falando da obra do Espírito Santo, que veio sobre pessoas em tempos diferentes e as ungiu por seu poder, para que fossem inspiradas a escrever a verdadeira Palavra de Deus. A obra do Espírito Santo neste aspecto não é definida em nenhuma passagem da Escritura, mas a Bíblia é clara em mostrar que a Escritura não é iniciativa humana. Em resumo, a doutrina da inspiração diz respeito à maneira pela qual Deus superintendeu a redação da Escritura Sagrada. Alguns têm acusados os cristãos ortodoxos de ensinarem uma opinião mecânica da inspiração, às vezes chamada “a teoria do ditado”, que é a ideia de que os autores da Escritura apenas receberam o ditado de Deus, assim como uma secretária escreve palavra por palavra uma carta quando é ditada verbalmente. Historicamente, a igreja tem se distanciado desta opinião simplista da inspiração, embora tenha havido tempos em que a igreja pareceu dar a entender que esta opinião era verdadeira. João Calvino, por exemplo, disse que, em certo sentido, os profetas e os apóstolos serviram como amanuenses (secretários) para Deus. À medida que foram agentes que comunicaram as palavras de Deus, eles foram amanuenses, mas isso não explica o modo da inspiração. Não sabemos como Deus superintendeu o registro da Escritura Sagrada, mas o ponto saliente para a igreja hoje é que tudo que temos na Escritura, embora reflita as personalidades, os vocabulários e os interesses dos escritores humanos, foi escrito sob a supervisão de Deus, e os autores não estavam escrevendo em seu próprio poder. Se estivessem escrevendo em seu próprio poder, esperaríamos achar muitos erros.

4. CADA PALAVRA

Além disso, historicamente a igreja tem acreditado que a inspiração da Bíblia foi verbal. Em outras palavras, a inspiração se estende não simplesmente a um esboço amplo da informação comunicada pelos autores humanos, mas às próprias palavras da Escritura. Essa é uma das razões por que a igreja tem sido zelosa por reconstruir, tão cuidadosamente quanto possível, os manuscritos originais da Bíblia e por que tem dedicado atenção ao estudo do significado de palavras gregas e hebraicas antigas. Cada palavra tem autoridade divina.

Quando Jesus falou com Satanás, durante sua tentação, no deserto, eles debateram citações da Escritura. Jesus argumentou contra o Diabo ou contra os fariseus pela mudança de uma única palavra. Ele também disse que nem um “i” nem um “til” jamais passará da lei, até que tudo se cumpra (Mt 5.18).

Jesus quis dizer que não há uma palavra supérflua na lei de Deus ou uma palavra que esteja aberta à negociação. Cada palavra leva a força da autoridade mandatória de seu autor supremo.

Em nossos dias, com a avalanche de críticas contra a Bíblia, tem havido tentativas de abandonar o conceito de inspiração. O erudito alemão Rudolf Bultmann (1884-1976) rejeitava amplamente a ideia da origem divina das Escrituras. Teólogos neo-ortodoxos estão interessados em restaurar a pregação da Bíblia na igreja e em oferecer uma opinião mais elevada da Bíblia do que aquela que foi deixada pelo liberalismo do século XIX, mas também rejeitam a inspiração verbal e a revelação proposicional. Karl Barth (1886-1968), por exemplo, disse que Deus se revela por meio de eventos e

não de proposições. Contudo, a Bíblia não é apenas um registro narrativo de acontecimentos no qual somos informados do que aconteceu e, depois, deixados à vontade para interpretar o significado de tais acontecimentos. Pelo contrário, a Bíblia nos dá tanto o registro do que aconteceu quanto a interpretação categórica, apostólica e profética do significado desses eventos.

A morte de Jesus na cruz, por exemplo, foi tanto registrada para nós quanto explicada nos evangelhos e nas epístolas. Pessoas viram a morte de Jesus de maneiras diferentes. Para muitos de seus seguidores, ela causou desilusão trágica; para Caifás, bem como para Pôncio Pilatos, a morte de Jesus foi uma questão de conveniência política. O apóstolo Paulo, quando expõe o significado da cruz, apresenta-a como um ato cósmico de redenção, como uma expiação oferecida para satisfazer a justiça de Deus, uma verdade não evidente a partir de uma simples observação do evento. Teólogos neo-ortodoxos dizem também que a Bíblia não é uma revelação e sim um Zeugnis, ou “testemunho” da revelação, o que reduz significativamente o nível de autoridade da Bíblia. Eles dizem que, embora a Escritura tenha alguma importância histórica e dê testemunho da verdade, ela

não é necessariamente a própria revelação. Em sentido contrário, o cristianismo ortodoxo afirma que a Escritura não somente dá testemunho da verdade, mas também é a verdade. É a incorporação real da revelação divina. Não apenas aponta para além de si mesma; ela nos dá nada menos do que a verdadeira Palavra de Deus.

5. INFALIBILIDADE E INERRÂNCIA


Qualquer questão inerrância. discussão da inspiração Durante sobre toda tem a a natureza de história abordar da da os Escritura igreja, assuntos a Sagrada opinião de infalibilidade que tradicional inclui a e tem sido a de que a Bíblia é infalível e inerrante. Entretanto, com o surgimento da chamada alta crítica, especificamente nos séculos XIX e XX, não somente a inspiração da Escritura sofre ataque amplo, como também os conceitos de infalibilidade e inerrância, em particular, têm sido intensamente criticados.

Alguns críticos dizem que a doutrina da inerrância foi a criação dos protestantes no século XVII, que é chamada, às vezes, “a era do escolasticismo protestante”, correspondente à era da filosofia secular chamada “a era da razão”. Estes críticos afirmam que a inerrância como um constructo racional era alheia aos escritores bíblicos e até aos reformadores magisteriais do século XVI. No entanto, os reformadores declararam realmente que as Escrituras eram sem erros, como o fizeram os Pais da igreja, incluindo Tertuliano, Irineu e, especialmente, Agostinho. Ainda mais importante é a própria informação bíblica de sua origem divina. É importante para a igreja que a Bíblia reivindique ser resultado de inspiração divina.

6. DEFININDO OS TERMOS

Historicamente, a igreja tem entendido que a Bíblia, dentre toda a literatura escrita na história, é exclusivamente infalível. A palavra infalível pode ser definida como “aquilo que não pode falhar”. Significa algo incapaz de cometer um erro. Numa perspectiva linguística, o vocábulo infalível é mais

elevado do que o termo inerrante. Ilustrando, um aluno pode fazer um teste constituído de 20 questões e obter 20 respostas corretas, dando-lhe um teste sem erros. Todavia, a inerrância do aluno neste campo restrito não o torna infalível, como erros em testes subsequentes poderiam comprovar.

Muito da controvérsia ao redor do assunto da inspiração envolve certa quantidade de confusão a respeito dos vocábulos inerrância e infalibilidade, especificamente, a extensão em que se aplicam. Para ilustrar, observe a diferença nas duas afirmações seguintes:

A. A Bíblia é a única regra infalível de fé e prática.

B. A Bíblia é infalível somente quando fala de fé e prática.


As duas afirmações parecem semelhantes, mas são radicalmente diferentes. Na primeira afirmação, a palavra única distingue a Escritura como a única fonte infalível com autoridade. Em outras palavras, a Escritura é a regra de nossa fé, o que diz respeito a tudo que cremos, e ela é a regra de nossa prática, o que diz respeito a tudo que fazemos.

As palavras mudam de orientação na segunda afirmação. Nesta, a palavra somente restringe uma porção da própria Bíblia, dizendo que ela é infalível somente quando fala de fé e prática.

Esta é uma visão chamada “inerrância limitada”, e esta maneira de ver a Escritura se tornou popular em nossos dias.

As palavras fé e prática expressam, em resumo, o todo da vida cristã. Mas, na segunda afirmação, “fé e prática” são reduzidas a uma porção de ensino da Escritura, deixando fora o que a Bíblia diz sobre história, ciência e questões culturais. Em outras palavras, a Bíblia tem autoridade apenas quando fala de fé religiosa; seus ensinos sobre as outras coisas são considerados falíveis.

7. A AUTORIDADE DE CRISTO

Em última análise, a questão de autoridade da Bíblia se fundamenta na autoridade de Cristo. Durante os anos 1970, o Ministério Ligonier patrocinou uma conferência sobre o tema da autoridade da Escritura.

Eruditos de várias partes do mundo vieram para discutir a questão da inerrância; e, sem nenhum conluio, cada erudito considerou o assunto a partir de uma perspectiva cristológica: qual era a opinião de Jesus sobre a Escritura? O desejo desses eruditos era sustentar um ponto de vista da Escritura ensinado pelo próprio Jesus.

A única maneira de sabermos o ponto de vista de Jesus sobre a Bíblia é lermos a Bíblia, o que nos leva a um argumento circular: Jesus ensinou a inerrância da Bíblia, mas sabemos o que Jesus disse apenas por causa da Bíblia. Entretanto, há uma concordância geral até entre os críticos de que as porções menos disputadas da Escritura com referência à autenticidade histórica são aquelas que contêm as afirmações de Jesus sobre a Escritura. Não há disputas sérias entre os teólogos sobre o ponto de vista de Jesus quanto à Bíblia.

Eruditos e teólogos de todos os contextos, liberais e conservadores igualmente, concordam em que o Jesus de Nazaré histórico acreditava e ensinava o ponto de vista elevado e sublime a respeito da Escritura que era comum no judaísmo do século I, ou seja, que a Bíblia é nada menos do que a Palavra de Deus inspirada. A opinião de Jesus sobre a Escritura é revelada nos evangelhos: “Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, sem que tudo se cumpra” (Mt 5.18); “A Escritura não pode falhar” (Jo 10.35) e: “A tua palavra é a verdade” (Jo 17.17). Além disso, Jesus apoiou frequentemente seus argumentos no Antigo Testamento, dizendo apenas: “Está escrito”, para resolver uma disputa teológica.

Há poucos eruditos, se há realmente alguns, que desafiam a opinião de que Jesus de Nazaré ensinou o que a igreja tem ensinado por 2.000 anos. Todavia, muitos desses mesmos eruditos viram as costas e dizem que Jesus estava errado em sua opinião sobre a Escritura. Devemos nos admirar da arrogância de tal afirmação da parte de teólogos cristãos. Eles fazem esta afirmação por argumentarem que Jesus foi influenciado pela opinião sobre a Escritura prevalecente e sustentada pela comunidade judaica de seu tempo, a qual, em sua natureza humana, ele não sabia que era errada. Eles são prontos a ressaltar para seus opositores que havia coisas que o Jesus humano, apesar de sua natureza divina, não sabia. Quando indagado sobre o dia e a hora de seu retorno, por exemplo, Jesus disse a seus discípulos que ninguém sabia o dia e a hora, exceto o Pai (Mt 24.36). E, em dizer isso, Jesus expressou um limite em seu próprio conhecimento. Os críticos afirmam que isto desculpa Jesus por nos ter dado uma falsa opinião sobre a Escritura. Em resposta, eruditos ortodoxos dizem que, embora a natureza humana de Jesus não tivesse o atributo de onisciência, não era necessário que ele fosse onisciente para que fosse o nosso Redentor. A natureza divina tinha realmente onisciência, mas a natureza humana não tinha. Entretanto, a questão mais profunda neste caso é a ausência de pecado em Cristo. Ensinar um erro teria sido pecaminoso para alguém que afirmava ensinar apenas o que recebia de Deus. As Escrituras têm uma ética sobre ensino, que nem todos devem se tornar mestres porque serão julgados mais rigorosamente (Tg 3.1). Como alguém que ensina, tenho uma responsabilidade moral de não mentir para meus alunos. Se meus alunos me fazem uma pergunta para a qual não sei a resposta, sou obrigado a dizer-lhes que não sei. Se meu pensamento é hesitante quanto ao assunto, devo fazê-los saber que não tenho certeza da resposta. Essa cautela é necessária, porque um professor tem o poder de influenciar o pensamento daqueles que recebem o seu ensino.

Na história, nenhum mestre jamais teve influência e autoridade maiores do que Jesus de Nazaré. Se ele disse às pessoas que Moisés escreveu a seu respeito, que Abraão se regozijou em ver seu dia, que a Palavra não pode falhar e que a Escritura é verdadeira, mas estava errado, ele é culpável por isso; ele era responsável por colocar um limite em sua própria certeza no ponto em que havia realmente o limite. Se Jesus estava errado em seu ensino sobre um assunto tão crucial quanto a autoridade da Escritura, não posso imaginar que alguém o leve a sério em qualquer outra coisa que ele ensinou. Jesus disse: “Se, tratando das coisas terrenas, não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais?” (Jo 3.12). Mas existe hoje uma geração de teólogos que dizem que, embora Jesus estivesse certo em relação às coisas celestiais, estava errado em referência às coisas terrenas.

No entanto, visto que a Bíblia nos dá bastante informação histórica confiável para chegarmos à conclusão de que Jesus era um profeta, e visto que Jesus mesmo nos diz que a fonte desta informação é totalmente confiável, não seguimos um argumento circular, e sim um argumento progressivo. Seguimos de um ponto inicial de abertura histórica para criticismo, para a confiabilidade histórica, para o conhecimento histórico do ensino de Jesus, e, para o ensino de Jesus, que nos diz que esta fonte não é apenas de algum modo confiável e sim totalmente confiável, porque é a própria Palavra de Deus.

Quando dizemos que a Bíblia é a única regra de fé e prática, nós o fazemos porque cremos que esta regra foi delegada pelo Senhor, a quem pertence a regra. Portanto, dizemos que a Bíblia é inerrante e infalível. Dos dois vocábulos que consideramos neste capítulo, inerrância e infalibilidade, inerrância é o termo secundário; flui naturalmente do conceito de infalibilidade – se algo não pode errar, então, ele não erra. A fim de passar no teste da crítica, a Bíblia tem apenas de ser coerente com suas próprias afirmações; e, se definimos a verdade do modo como o faz o Novo Testamento, não há razão válida para alguém contestar a inerrância da Bíblia. Se a Palavra de Deus não pode falhar, e se ela não pode errar, ela realmente não falha nem erra.

8. A NECESSIDADE DA ESCRITURA

Não é apenas verdade que todas as coisas necessárias para se tornar um cristão, viver como um cristão e crescer como um cristão estão claramente apresentadas na Bíblia. Também é verdade que, sem a Bíblia, não poderíamos conhecer essas coisas. A necessidade da Escritura significa que é preciso ler a Bíblia ou ter alguém que nos diga o que nela se encontra para conhecer Deus pessoalmente, obter perdão de nossos pecados e saber com certeza o que ele quer que façamos.

Paulo sugere isso quando pergunta como alguém pode se tornar um cristão “se não houver quem pregue” (Romanos 10:14). Pois “a fé vem por se ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo” (Romanos 10:17). Se não houver ninguém pregando a palavra de Cristo, diz Paulo, as pessoas não poderão ser salvas, e essa palavra vem da Escritura. Então, a fim

de saber como se tornar um cristão, normalmente é preciso ler sobre o assunto na Bíblia ou ter acesso a alguém que explique o que a Bíblia ensina.

Como Paulo disse a Timóteo, “as sagradas letras [...] são capazes torná-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus” (2Timóteo 3:15).

Contudo, a vida do cristão não começa apenas com a Bíblia, mas também floresce por meio da Bíblia. Jesus disse em Mateus 4:4: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”. Assim como nossa vida física é mantida pela ingestão diária de alimento físico, a vida espiritual é sustentada pela Palavra de Deus. Sendo assim, negligenciar a leitura regular da Bíblia é prejudicial à saúde de nossas almas.

Além disso, a Bíblia é única fonte de claras e definitivas declarações sobre a vontade de Deus. Conquanto Deus não tenha revelado todos os aspectos de seu querer a nós — “pois as coisas encobertas pertencem ao Senhor, o nosso Deus” —, há muitos aspectos de sua vontade reveladas a nós por intermédio da Escritura — “para que sigamos todas as palavras desta lei” (Deuteronômio 29:29). O amor por Deus é demonstrado ao “guardar seus mandamentos” (1João 5:3), e seus mandamentos são encontrados nas páginas da Escritura. Embora a Bíblia seja necessária para muitas coisas, não o é para aprendermos algumas lições sobre Deus, seu caráter e suas leis morais, pois “os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra de suas mãos” (Salmos 19:1). Paulo diz que, mesmo para os ímpios, “o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou” (Romanos 1:19). Não apenas os ímpios sabem da existência de Deus e sobre ele, mas também têm em suas mentes e consciências um certo entendimento acerca de suas leis morais (Romanos 1:32; 2:14-15).

Por conseguinte, essa “revelação geral” sobre a existência de Deus, seu caráter e a lei moral é concedida a todas as pessoas, sendo perceptível por intermédio da natureza, das obras históricas do Senhor e no senso interior que Deus colocou em todos. É chamada de “revelação geral”, porque é aberta a todas as pessoas. É distinta daquela que é proporcionada pela Bíblia. Em contrapartida, “a revelação especial” é aquela que Deus dedica a pessoas específicas. Toda a Bíblia consiste em uma revelação especial, assim como as mensagens diretas de Deus para os profetas e para outros indivíduos, conforme registrado nas histórias da Bíblia.

A suficiência da Escritura Embora aqueles que viveram durante o período do Antigo Testamento não desfrutassem do benefício da revelação completa de Deus, somente encontrada no Novo Testamento, eles tiveram acesso a todas as palavras que Deus pretendia dar durante sua vida. Hoje a Bíblia contém todas as palavras divinas de que um indivíduo precisa para se tornar um cristão, viver como um cristão e crescer como um cristão. A fim de ser “irrepreensíveis” diante de Deus, temos apenas que obedecer a sua Palavra: “Como são felizes os que andam em caminhos irrepreensíveis, que vivem conforme a lei do Senhor!” (Salmos 119:1) Na Bíblia, Deus deu instruções que nos equipam para “para toda a boa obra” que ele quer que façamos (2Timóteo 3:16-17). Isso significa dizer que a Escritura é “suficiente ”. Por conseguinte, é tão somente na Escritura que buscamos as palavras divinas para nós, e devemos, por fim, encontrar satisfação com o que nela se acha. A suficiência da Escritura deve nos encorajar a buscar e encontrar por meio da Bíblia o que Deus quer que pensemos sobre certos assuntos ou o que fazer em certa situação. Tudo o que Deus tenciona dizer a seu povo, independentemente do momento e do assunto ou situação em que nos encontremos, encontra-se nas páginas da Bíblia. Conquanto a Bíblia não seja capaz responder diretamente cada pergunta que possamos formular, pois “as coisas encobertas pertencem ao Senhor, o nosso Deus” (Deuteronômio 29:29), ela nos provê a guia de que precisamos “para toda a boa obra” (2Timóteo 3:17).

Quando não encontramos na Bíblia uma resposta específica para uma dada pergunta, não ficamos livres para adicionar aos mandamentos “escriturísticos” o que acreditamos ser objetivamente correto. Certamente é possível que Deus no dê orientações específicas em situações particulares do dia a dia, porém, não temos permissão para colocar em pé de igualdade com a Escritura qualquer revelação, dica ou outras formas de orientação mais modernas que acreditemos provirem de Deus. Também não devemos procurar impor tais orientações sobre outros cristãos ou a outras pessoas em

nossa igreja, uma vez que podemos estar errados sobre a questão, e Deus nunca deseja que coloquemos algo assim na mesma categoria de suas palavras na Bíblia.

Há problemas e situações para as quais Deus não deu a direção ou regras precisas que muitas vezes desejamos, mas, em razão de a Escritura ser suficiente, não temos o direito de acrescentar nada a seus reclamos ou ensinamentos. Por exemplo, embora seja apropriado para uma igreja reunir-se em determinado momento no domingo de manhã, poderia ser muito mais conveniente para outra igreja se congregar noutro horário, porque a Bíblia não fala diretamente sobre a questão dos horários de culto no domingo. Se uma igreja dissesse a outra que elas precisavam se reunir a certa hora, aquela estaria em pecado e não demonstrando fé na suficiência da Escritura. De maneira idêntica, no que diz respeito à vida cristã, a suficiência da Escritura nos lembra de que nada é pecado a não ser o que seja explícito ou implicitamente proibido pela Escritura. Portanto, não devemos acrescentar proibições onde não acharmos que a Escritura tenha sido suficientemente

precisa. De tempos em tempos, por exemplo, pode haver muitas situações nas quais um cristão não deve ingerir cafeína, ir ao cinema ou comer carne oferecida a ídolos (ver 1Coríntios 8-10). No entanto, uma vez que não haja nenhum ensinamento específico ou algum princípio geral da Escritura que proíba tais ações para os cristãos, independentemente de época, essas atividades não são propriamente pecaminosas.

Então, em nossos ensinos doutrinários, éticos ou morais e nas crenças, devemos nos contentar com o que Deus nos diz na Escritura. O Senhor revelou exatamente o que ele sabe ser melhor para nós. Muitas diferenças que têm dividido igrejas e denominações são aquelas às quais a Bíblia dá pouca

ênfase. Muitas conclusões específicas sobre assuntos como a maneira própria de governar a igreja, a exata natureza da presença de Cristo na ceia do Senhor ou a correta natureza da ordem dos eventos que cercam o retorno de Cristo são extraídas mais do hábil raciocínio do que de declarações bíblicas diretas.

Dever-se-ia, portanto, mostrar uma humilde hesitação em dar mais ênfase a muitos dos assuntos do que a própria Bíblia lhes dá.

9. A CANONICIDADE DA BIBLIA.

A Palavra Bíblia vem de uma palavra grega biblos, que significa livro, embora a Bíblia seja formada de um único volume, ela não é um único livro, e sim uma coleção de 66 livros individuais.

Visto que há tantos livros que juntos constituem as Escrituras Sagradas, como sabemos que os livros corretos foram incluídos nesta coleção ou conjunto de livros? Esta pergunta se inclui no assunto da canonicidade. Obtemos a palavra cânon de outra palavra grega, kanon, que significa “vara de medir” ou “norma”. Chamar a Bíblia de “o cânon da Escritura” é o mesmo que dizer que seus 66 livros funcionam juntos como a vara de medir ou a autoridade suprema para a igreja. A Bíblia tem sido descrita frequentemente como norma normans et sine normativa. A forma da palavra

norma aparece três vezes nessa expressão. Norma normans significa “a norma das normas”, e sine normativa significa “sem norma”. A Bíblia é a norma ou o padrão de todos os padrões, não sendo julgada por nenhum outro padrão.

10. EXTENSÃO DO CÂNON

Em nosso exame da natureza da Escritura, vimos os assuntos de inspiração, infalibilidade e inerrância. Neste capítulo, consideramos não a natureza da Escritura e sim o escopo da Escritura; ou seja, até aonde se estende o cânon da Escritura?

Há muitos conceitos errados a respeito do cânon. Críticos argumentam que, devido ao grande número de livros – mais do que dois mil, eles dizem – que poderiam ter sido incluídos na Bíblia, parece provável que alguns livros deveriam ter sido incluídos, mas não foram, enquanto outros livros que não eram qualificados foram incluídos. No entanto, a maioria dos livros considerados para a inclusão no cânon foi rápida e facilmente rejeitada pela igreja primitiva, porque eram tão obviamente fraudulentos.

No século II, hereges gnósticos, reivindicando autoridade apostólica, escreveram seus próprios livros e os propagaram amplamente. Contudo, estes livros nunca foram considerados seriamente para a inclusão no cânon; por isso, é enganoso afirmar que havia mais de dois mil potenciais candidatos. Se consideramos o processo histórico de seleção realizado pela igreja, um processo regido por grande cautela e investigação cuidadosa, vemos que somente três dos documentos excluídos sofreram consideração séria para inclusão no Novo Testamento: a Didaquê, o Pastor de Hermas e a Primeira Epístola de Clemente de Roma. Estes documentos tiveram sua origem no final do século I ou início do século II. Se alguém os lê, fica evidente que os escritores eram conscientes de que sua obra era sub e pós-apostólica. Portanto, eles se submetiam à autoridade dos apóstolos e de seus escritos. Os documentos excluídos são importantes e úteis para a igreja, e foi assim no decorrer da história da igreja, mas nunca houve um conflito sobre a inclusão deles no cânon. A maior parte da controvérsia sobre o cânon nos primeiros séculos se referia não ao que era excluído e sim ao que era realmente incluído. O debate prosseguiu por algum tempo a respeito de incluir ou não Hebreus, 2 Pedro, 2 e 3 João e Apocalipse.

11. O CÂNON ESTABELECIDO

Outros se opõem à autoridade do cânon porque ele não foi estabelecido até ao século IV, muito tempo depois da vida e morte de Cristo. Estabelecer o cânon foi um processo que aconteceu durante um período de tempo; mas isso não significa que a igreja esteve sem um Novo Testamento até ao fim do século IV. Desde o próprio início da igreja, os livros básicos do Novo Testamento, aqueles que lemos e observamos hoje, estavam em uso e funcionavam como um cânon por causa de sua autoridade apostólica.

O problema que causou o estabelecimento do cânon foi o aparecimento de um herege chamado Marcião, que publicou seu próprio cânon. Sob a influência do gnosticismo, Marcião acreditava que o Deus apresentado no Antigo Testamento não era o Deus supremo do universo e sim uma deidade menor chamada um “demiurgo” que tinha uma disposição caprichosa, e que Cristo viera para revelar o verdadeiro Deus e libertar-nos dessa deidade de espírito inferior. Como resultado, Marcião excluiu tudo no Novo Testamento que poderia ligar Cristo de uma maneira positiva a Javé, o Deus do Antigo

Testamento. O evangelho de Mateus e muito do conteúdo dos outros evangelhos foi removido, bem como qualquer referência que Cristo fez a respeito de Deus como seu Pai. Marcião também eliminou parte dos escritos de Paulo. Ele acabou produzindo uma versão pequena, abreviada e editada do Novo Testamento. Esta heresia impulsionou a igreja a apresentar uma lista formal e autoritária dos livros bíblicos.

12. AS MARCAS DA CANONICIDADE

A fim de determinar a autoridade canônica, a igreja aplicou um teste de três critérios. Alguns se inquietam com o fato de que houve um processo de seleção, mas a meticulosidade do processo deveria tranquilizar-nos.

A primeira marca ou teste usado para averiguar a autoridade de um livro foi sua origem apostólica, um critério que teve duas dimensões. Para ser de origem apostólica, um documento precisava ter sido escrito por um apóstolo ou sob a sanção direta e imediata de um apóstolo. O livro de Romanos, por exemplo, não foi questionado porque todos concordavam em que ele havia sido escrito pelo apóstolo Paulo e, por isso, tinha autoridade apostólica. De modo semelhante, nem o evangelho de Mateus nem o evangelho de João foram questionados, porque foram escritos por apóstolos de Jesus. O evangelho de Lucas não foi questionado porque Lucas era um companheiro de Paulo e viajava com ele em suas viagens missionárias. De modo semelhante, Marcos foi entendido como o porta-voz do apóstolo Pedro, de modo que a autoridade de Pedro estava por trás do evangelho de Marcos. Desde o próprio começo, não houve nenhuma dúvida quanto à autoridade apostólica e à canonicidade dos quatro evangelhos ou do corpus básico dos escritos de Paulo.

A segunda marca de aceitação para o cânon foi a recepção por parte da igreja primitiva. A epístola aos Efésios é um exemplo que satisfaz a este critério. A suposição é que Paulo tencionava que esta carta fosse para uma audiência mais ampla do que apenas a igreja em Éfeso. Ela foi escrita como uma carta circular, designada a ser propagada por todas as igrejas na região ao redor de Éfeso. Isso era verdadeiro não somente em relação à epístola aos Efésios, mas também às outras epístolas de Paulo. Os evangelhos escritos eram também amplamente circulados entre as congregações do século I. Na questão de reconhecimento histórico, a igreja, ao analisar o que incluir no cânon, levou em consideração como um documento específico havia sido recebido e citado como portador de autoridade desde o início em diante. Na Primeira epístola de Clemente, que não foi reconhecida como canônica, Clemente cita a epístola de Paulo aos coríntios, mostrando que 1 Coríntios havia sido recebida, pela comunidade cristã primitiva, como portadora de autoridade. Na própria Bíblia, o apóstolo Pedro faz menção das cartas de Paulo como incluídas na categoria de Escritura (2 Pe 3.16).

A terceira marca de canonicidade foi a causa de maior parte da controvérsia. Os livros considerados apostólicos ou sancionados por um apóstolo e também recebidos pela igreja primitiva constituíam o conjunto básico do Novo Testamento e foram recebidos no cânon sem qualquer controvérsia real, mas houve um segundo nível de livros sobre os quais houve algum debate. Uma das questões se referia à compatibilidade de doutrina e ensino destes livros com os livros do conjunto básico. Esta foi a questão que provocou algumas das dúvidas sobre o livro de Hebreus. Uma parte da epístola, Hebreus 6, tem sido interpretada frequentemente como que indicando que os redimidos por Cristo podem perder sua salvação, um ensino que discorda do resto do ensino bíblico sobre o assunto. Entretanto, esse capítulo pode ser interpretado de uma maneira que não esteja fora de harmonia com o resto da Escritura. O que finalmente mudou o debate sobre Hebreus foi o argumento de que Paulo era seu autor. Nos primeiros séculos, a igreja acreditava que Paulo era o autor de Hebreus, e isso fez a epístola ser incluída no cânon. Ironicamente, há poucos eruditos hoje que acreditam que

Paulo a escreveu, porém há muito menos eruditos que negariam que ela pertence ao cânon.

13. O ESCOPO DO CÂNON

No século XVI, surgiu uma disputa entre a Igreja Católica Romana e os protestantes sobre o escopo e a extensão das Escrituras do Antigo Testamento, especificamente sobre os apócrifos, um grupo de livros produzidos durante o período intertestamentário. A Igreja Católica Romana adotou os apócrifos; as igrejas da Reforma, em sua maior parte, não os adotaram. A disputa centralizou-se no que a igreja do século I e Jesus haviam aceitado como canônico. Toda a evidência procedente da Palestina indica que o cânon dos judeus da Palestina não incluía os apócrifos, enquanto muitos em

Alexandria, o centro cultural para judeus helenistas, os incluíam. No entanto, erudição mais recente sugere que até o cânon de Alexandria reconhecia os apócrifos apenas num nível secundário, mas não no nível pleno de autoridade bíblica. Assim, permanece a questão a respeito de quem estava certo – a Igreja Católica Romana ou os protestantes? Em outras palavras, por meio de que autoridade determinamos o que é canônico? De acordo com os protestantes, cada livro presente na Bíblia é um livro infalível, mas o processo realizado pela igreja referente a que livros incluir no cânon não era infalível. Cremos que a igreja foi guiada providencialmente pela misericórdia de Deus no processo para determinar o cânon e, por isso mesmo, fez as decisões certas, de modo que cada livro que deveria estar na Bíblia está realmente na Bíblia. Entretanto, não acreditamos que a igreja era inerentemente infalível, naquele tempo ou mesmo agora. Por contraste, a fórmula católica romana diz que temos os livros corretos porque a igreja é infalível e qualquer coisa que a igreja decide é uma decisão infalível. No entendimento católico romano, a formação do cânon se fundamenta na autoridade da igreja, enquanto no entendimento protestante ele se fundamenta na providência de Deus. Quero incentivar o leitor a fazer estudos adicionais sobre o desenvolvimento do cânon. Permita-me enfatizar, em conclusão, que, embora tenha havido uma investigação histórica, creio que a igreja fez exatamente o que Deus queria que ela fizesse e que não temos razão para sermos qualquer outra coisa além de plenamente seguros de que os livros corretos foram incluídos no cânon da Escritura Sagrada.







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