O VALOR DA UNIÃO

Talvez não haja texto mais expressivo, na Bíblia, quanto o Salmo 133, n o que se refere à união. As figuras de linguagem utilizadas são de profundo significado em seu simbolismo espiritual. O salmista começa com uma exclamação bem adequada, quando diz: “Oh, quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união”. Ele a bondade e a suavidade como elementos importantes para qualificar o valor da união. De fato, a união é coisa muito boa, principalmente para os que servem a Deus, em sua casa. A união não apenas junta, mas ajunta; não apenas une grupos, mas promove a integração de todos em prol dos objetivos maiores da igreja, que é a proclamação do evangelho, a edificação do rebanho, o discipulado, a adoração, e a mútua ajuda de uns para com os outros. A união é suave. Evita atritos e constrangimentos. A união é suave, mas exige esforço denodado de cada um dos membros do grupo, da congregação. A união do Salmo 133 não admite a existência de grupos isolados, voltados para si mesmos. A igreja do Senhor é um corpo. Um braço não funciona isolado. Um ouvido não pode funcionar sem fazer parte integrante do corpo. Um pé não serve, se não servir ao corpo. A cabeça com o rosto, por mais bonita que seja, de nada serve, desligada do tronco. A língua não serve se não fizer parte do corpo. Assim é na igreja. Adultos, jovens, adolescentes e crianças, todos precisamos estar bem unidos em torno de Nosso Senhor Jesus Cristo, em todo o tempo, em todas as circunstâncias. Se algo quebrar essa bondade e essa suavidade, precisamos imediatamente corrigir os erros ou os fatores adversos. Se houver desentendimento, há  necessidade urgente de reparação. A Bíblia diz: “Não se ponha o sol sobre a vossa ira”. O concerto, e o perdão devem ser o bálsamo para sarar as feridas. Sem perdão, não há comunhão. Sem comunhão, não há união. Sem união, não há salvação. O salmista compara a união como o óleo precioso que era derramado sobre a cabeça do sacerdote, quando de sua unção para o serviço do templo. Não era um azeite qualquer. Era um azeite preparado segundo uma fórmula determinada por Deus. Era suave e tinha um bom cheiro, que enchia o ambiente. Todos nós, obreiros, membros e congregados, precisamos dessa unção, desse cheiro suave, que só pode vir através da unção, da união. Outra figura bela é a comparação da união com “o orvalho de Hermon”, que desce sobre os montes de Sião. Hermon é um monte que fica ao Norte de Israel. Durante todo o ano, seu pico fica nevado, soprando um orvalho refrigerador sobre os montes `a sua volta. A união refrigera, acalma o calor, e sopra uma brisa suave sobre a igreja do Senhor. Conclui o homem de Deus a reflexão sobre a união, afirmando que “ali, o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre”. Mas, ali, aonde? A resposta não pode ser outra: Onde há união. Que neste ano de 2002, peçamos a Deus que nos dê a bênção da união. Que todo o esforço seja feito para que a desunião não encontre terreno entre nós. 

Pr. Elinaldo Renovato de Lima
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