Com o acesso à internet mais popularizado, muitas pessoas já ouviram falar no termo. Mas você sabe, ao certo, o que é essa síndrome, quais sintomas ela causa e como tratá-la?
Neste artigo, montamos um panorama sobre o assunto, ajudando a promover a prevenção e auxiliar no tratamento de quem está sofrendo com o problema. Siga com a gente!
Síndrome de Burnout é um desgaste que prejudica os aspectos físicos e emocionais da pessoa, levando a um esgotamento profissional.
O distúrbio foi mencionado na literatura médica pela primeira vez em 1974, pelo psicólogo norte-americano Freudenberger que descreveu os sintomas que ele e seus colegas estavam enfrentando. Após essa menção, vários estudos foram realizados sobre o assunto.
Hoje em dia, o transtorno é facilmente encontrado na CID-10 (Classificação Estatística e Internacional de Doença e Problemas Relacionados à Saúde), mais precisamente no grupo 5. Ele atinge pessoas cuja vida profissional e pessoal são muito atribuladas. Em especial as que levam jornadas duplas.
Segundo pesquisas realizadas pela Isma-BR (International Stress Management Association no Brasil), essa síndrome acomete cerca de 33 milhões de brasileiros.
É muito comum que os workaholics (pessoas viciadas em trabalho) sofram desse distúrbio. Porém, alguns profissionais são mais pré-dispostos a experimentarem a questão, justamente pelas características do trabalho.
Confira abaixo as profissões mais acometidas pelo burnout:
Esses profissionais acabam se esforçando muito com o trabalho e, várias vezes, se esquecem dos momentos de descontração e relaxamento. É como se a mente dessas pessoas estivesse alerta o tempo todo, fazendo com que se sintam exaustas.
Muitas vezes, o Burnout também está ligado ao fato das pessoas trabalharem em empregos que exigem bastante delas, isso faz com que se tornem exageradamente perfeccionistas.
A cobrança exacerbada de si mesmo, e pelos superiores, acaba impactando de forma negativa na vida pessoal e profissional.
No caso das mulheres, vale a pena ressaltar que a maioria delas acaba sendo afetada em decorrência de uma jornada dupla de trabalho: no emprego, propriamente dito, e nas demais tarefas de casa – as responsabilidades de mãe, esposa, estudante etc.
Estudos apontam que cerca de 30% dos médicos no Estados Unidos foi acometida pelo distúrbio de Burnout. É quase um terço desses profissionais!
A origem da palavra Burnout é norte-americana e significa “chamuscado”; mas você poderia perguntar: “e o que causa o Distúrbio de Burnout nas pessoas?”
A resposta é que o distúrbio se manifesta quando a relação com o trabalho acaba se transformando em estresse, ansiedade e nervosismo intensos. A pessoa acaba sendo levada ao seu limite, físico e/ou emocional, sentindo-se extremamente cansada, desmotivada e esgotada.
Não é difícil encontrar pessoas que, junto com o Distúrbio de Burnout, sofram também de depressão, do uso excessivo de medicamentos e insônia. Porém, tudo isso pode ser contornado ou amenizado com tratamento.
É importante ressaltar que a doença não está somente relacionada com o ambiente de trabalho, muitas vezes as tarefas da faculdade ou até mesmo de casa podem ocasionar o problema.
O fato é que o Burnout está relacionado com o excessivo esforço físico, mental ou emocional, seguido de poucos momentos de descanso ou descontração. Tudo que ocupa muito o seu tempo e acaba sugando a sua energia pode ser motivo para que o Burnout apareça.
Além disso, outro estudo mostrou que as pessoas que são muito empáticas são mais suscetíveis ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout. Isso porque elas absorvem toda a carga emocional de terceiros para si, o que é uma prática ruim. A dor do outro acaba fazendo com que elas se preocupem excessivamente e sobrecarreguem o seu emocional.
Segundo a psiquiatra Licia Oliveira, professora da Medcel – Cursos Preparatórios Para Residência Médica, “a doença ocorre em um conjunto de personalidade (genética) e condições ambientais (fatores externos). Obviamente, uma pessoa com personalidade mais rígida, que não tolera frustrações, está mais propensa a desenvolver o Burnout”.
Outros fatores acabam influenciando no desenvolvimento da Síndrome de Burnout, como os problemas com o chefe, com familiares, no relacionamento etc. Tudo isso cria um desequilíbrio interno, impactando de negativamente na forma com que suas energias são utilizadas.
Muitas pessoas que estudam para concursos públicos ou grandes vestibulares, acabam se cobrando muito e passam horas por dia estudando, podendo chegar a mais de 14 horas dentro do quarto fechado sem que haja tempo de descanso ou repouso apropriado; isso também pode fazer com que a Síndrome de Burnout se manifeste.
Segundo dados do ISMA Brasil (International Stress Management Association), 70% dos brasileiros acabam tendo problemas com estresse, dos quais 30% podem desenvolver o Burnout.
Ao realizar uma pesquisa em nove países, a ISMA-Brasil concluiu que o Brasil ocupa o segundo lugar em nível de estresse, perdendo apenas para o Japão.
Social