A autoestima é um sentimento desenvolvido desde a infância na medida em que os pais elogiam ou demonstram de alguma forma atenção sobre determinada conquista do filho, o que tende a aumentar a autoestima da criança.
Por outro lado, quantas vezes somos punidos, inclusive já na vida adulta, por alguma falha ou erro que cometemos, e, por isso, somos deixados de lado? Nessas condições, nossa autoestima tende a diminuir, uma vez que não somos reconhecidos ou gratificados por algo.
A autoestima se manifesta de forma não proposital, baseada em nossas próprias experiências com as pessoas e o mundo.
Um bom exemplo é quando um indivíduo que normalmente recebe muitos elogios tende a se sentir sempre bem e sua autoestima estar sempre alta.
Da mesma forma acontece quando a pessoa passa por situações onde é destratada ou alvo de piadas – situações como essa fazem com que a pessoa sinta sua autoestima abalada, passa a desacreditar em si mesma, pensar que tudo que construiu até o momento foi em vão, que não é capaz, e essa pessoa se frustra. Isso é chamado de baixa autoestima.
Autoestima é a capacidade que temos de valorizar ou não a nossa identidade, se estamos satisfeitos com o que somos, se confiamos em nós mesmos e se reconhecemos o nosso valor.
Para a psicologia, a autoestima é a avaliação subjetiva que cada um faz de si, das suas características emocionais e comportamentais.
Respondendo à pergunta do título deste texto, os psicólogos acreditam que não nascemos com um grau de autoestima pré-determinado.
Nós a desenvolvemos desde a infância, conforme recebemos elogios e somos reconhecidos por nossos pais a cada conquista que alcançamos. O fato de sermos aceitos e queridos contribui para a elevação da nossa autoestima.
Autoestima é uma daquelas palavrinhas que muito ouvimos quando o assunto é o cuidado que devemos ter conosco, com os nossos sentimentos e emoções.
Mas o que vem a ser, de fato, a autoestima? Quais razões influenciam para que a autoestima seja baixa ou alta e por que ela é tão importante para nós? Será que nós já nascemos com ela ou desenvolvemos a autoestima no decorrer da vida?
A autoestima possibilita que tenhamos mais consciência da nossa essência, ampliando o nosso autoconhecimento e fazendo com que nos sintamos independentes, amados pelos outros e por nós mesmos. Desta forma, é muito importante aprendermos a desenvolver a nossa autoestima.
Já citamos que a participação dos pais é de suma importância no desenvolvimento da autoestima desde a infância. Porém, a autoestima é estimulada não somente neste período, mas ao longo de toda a nossa vida.
À medida em que nos sentimos amados e reconhecidos pelos outros, passamos a nos amar também e, assim, elevamos a nossa autoestima.
Uma vez sabido que o reconhecimento dos pais, a priori, é de fundamental importância para o desenvolvimento do filho, vale a pergunta: se os pais não conseguiram propiciar essa condição de favorecimento, não será possível ter autoestima ao longo da vida?
O desenvolvimento da autoestima ocorre na medida em que a pessoa se sente amada pelo outro, tendendo a aprender a se amar também.
A terapia nos casos de baixa autoestima pode ter como objetivos os seguintes aspectos:
O objetivo é fazer com que, durante um processo terapêutico, o paciente consiga se diferenciar dos demais e conquistar sua independência, aprendendo a ser amado e a se amar, porém, sem precisar se sentir amado por alguém específico.
A autoestima facilita o autoconhecimento e a habilidade de argumentar em causa própria, além de possibilitar que a pessoa se sinta independente, sem precisar deixar de se sentir amada pelos outros e por ela mesma.
Dessa forma, por que não tentar desenvolver ou, até mesmo, melhorar a autoestima?
A autoestima não provém somente da aceitação por parte dos outros.
É necessário que, a partir de nossas experiências positivas, possamos reconhecer o que fazemos bem, o que nos torna mais bonitos, aguça nossas qualidades e nos satisfaz. Ao desenvolver o que temos de melhor, a nossa autoestima passa a ser elevada.
Por outro lado, existe também a baixa autoestima, que ocorre quando somos rejeitados, desvalorizados ou não gostamos de nós mesmos.
Infelizmente são muitos os casos de pessoas com baixa autoestima. Em alguns deles, a questão é tão complicada que pode levar a um quadro de depressão. Para evitar este quadro, a intervenção de um psicólogo é bem-vinda e pode ajudar muito a resolver o problema.
Já conheceu alguém que tentou se suicidar ao terminar um relacionamento? Esse é um grande exemplo de pessoa que não sabe ou não reconhece o seu valor.
Para este indivíduo, o seu valor estava depositado no outro, e, ao terminar o relacionamento, a pessoa ficou com a autoestima abalada, pois não sabia do seu verdadeiro valor.
A baixa autoestima afeta todas as áreas da vida do indivíduo: no trabalho, na família, na escola e, possivelmente, em todos os demais setores e ambientes que esse indivíduo está inserido.
Inclusive, é fácil notar quando alguém não se gosta, quando está sempre com humor negativo – tudo isso tende a fazer com que os demais se afastem, e isso acaba tornando-se um ciclo: quanto mais as pessoas se afastam, mais o indivíduo com baixa autoestima tende a isolar-se, sentindo-se cada vez mais triste e deprimido.
A baixa autoestima é, muitas vezes, um subproduto da insegurança e falta de empoderamento. Ela também pode ser fruto de negligências ou mesmo frustrações na infância ou adolescência.
A psicologia reforça que esse problema além de ser grave, pode desencadear um quadro de depressão e dificultar muito as relações pessoais e profissionais de quem sofre com ela.
Pessoas com baixa autoestima costumam ser muito exigentes consigo mesmas, não aceitando elogios, ou ainda acreditam que eles são falsos. Podem acreditar que por trás dos elogios existem intenção não declaradas ou interesses camuflados.
Embora seja mais recorrente em mulheres, a baixa autoestima se manifesta em ambos gêneros e em qualquer idade. A tomada de decisão, a forma como se vê e a satisfação com seu entorno podem ficar comprometidos, levando a complicações psicológicas e físicas.
Os sintomas nem sempre são claros, mas costumam ser identificáveis. Confira abaixo alguns deles e verifique se você pode estar sofrendo com baixa autoestima e como lidar com esse transtorno.
Pessoas com baixa autoestima costumam acreditar que não são tão boas quanto às outras, que suas vidas são mais difíceis e que não estão à altura para merecer ser feliz.
Lidam diariamente com a negatividade e se comparam com outras pessoas de forma a estarem sempre em desvantagem.
Muitas das decisões das pessoas que têm baixa autoestima buscam agradar os outros e surpreender com atitudes que são inesperadas.
Podem inclusive se colocar em situações de risco para provar serem capazes. Isso está sempre relacionado com a necessidade de aceitação e integração grupos sociais ou em relacionamentos.
Pessoas com baixa autoestima buscam surpreender os outros com seu perfeccionismo, exigem demais de si mesmos e são muito críticas com tudo o que lhe acomete.
Não conseguem ficar satisfeitas com seus resultados, procurando a autoafirmação como recurso e justificativa para seus méritos e fracassos.
Pessoas com baixa autoestima estão mais predispostas a aceitarem e permanecerem em relacionamento abusivos e destrutivos.
Isso porque acreditam que não irão encontrar outra pessoa melhor, que não são capazes de despertar o interesse do outro ou mesmo para não lidar com a rejeição.
Esse comportamento também pode se manifestar no trabalho, fazendo com que se acredite que não haverá reconhecimento aos seus talentos.
O medo do desconhecido é comum em pessoas com baixa autoestima. Isso acontece porque elas acreditam que não irão atender às exigências de novas situações e preferem manter uma média, sem assumir grandes riscos para não lidar com frustrações.
São preocupações muitas vezes injustificáveis, que ganham grande importância para quem está vivendo com esse transtorno.
A baixa autoestima costuma desencadear diversos problemas com a autoaceitação de se ser quem é. Com isso, vem a ansiedade, que muitas vezes está relacionada com o que irão pensar da gente.
E a ansiedade pode gerar depressão, e uma certa resistência a correlacionar-se. É preciso atenção, pois esses sintomas estão diretamente ligados, e raramente se manifestam de forma isolada.
Embora esses comportamentos sejam característicos em casos de baixa autoestima, nem sempre irão se manifestar em todos as pessoas que sofrem com esse transtorno.
Somente um psicólogo poderá diagnosticar com precisão se alguém sofre ou não com baixa autoestima.
O acompanhamento é indicado e a terapia cognitiva, por exemplo, poderá ajudar quem sofre com esse transtorno a lidar e perceber quando seu comportamento está ligado à baixa autoestima.
Para a pessoa que tem baixa autoestima, num primeiro momento, é importante se aceitar e aceitar que tem um problema e que precisa ser resolvido. Entender que todos nós, seres humanos, somos formados de defeitos e qualidades, o que torna cada ser humano único.
Se há algo que pode ser transformado, deve ser mudado conforme seu desejo. Contudo, é importante aceitar aquilo que é nosso e que não pode ser mudado.
A pessoa com esse transtorno deve observar como vem tratando a si mesmo, sobretudo o que pensa sobre si e o que compara diante das outras pessoas.
Ninguém é igual a ninguém, sua referência é você mesmo! Caminhe rumo a uma vida mais tranquila e feliz!
Quem tem autoconfiança e respeito por si próprio consegue lidar melhor com os desafios da vida e busca sem culpa o direito de ser feliz.
Se você se enquadra no perfil descrito acima, procure um psicólogo. Ele vai ajudar você a mudar as suas atitudes e o seu comportamento para vencer a luta contra o nível baixo de autoestima e elevar sua saúde mental.
A princípio, os exercícios físicos contribuem significativamente para a elevação da autoestima. A atenção e o cuidado com o corpo e o momento de entrega a uma atividade pessoal despertam na pessoa um olhar mais positivo para o seu próprio ser.
Porém, na medida em que o indivíduo passa a se cobrar muito quanto à sua performance, a atividade física pode acabar interferindo negativamente na autoestima e, consequentemente, no bem-estar psicológico.
Neste caso, a ajuda de um psicólogo pode fazer a diferença, porque ele vai ajudar a pessoa a equilibrar harmoniosamente este conflito.
A prática da atividade física regular beneficia o corpo e a mente, aumentando a autoestima e o equilíbrio emocional, melhorando a memória, aliviando o estresse e diminuindo a insegurança e a ansiedade.
O sistema nervoso como um todo é estimulado positivamente. É que durante os exercícios físicos, o fluxo de sangue no cérebro aumenta e os níveis de substâncias que promovem a sensação de bem-estar crescem.
Com isso, a pessoa passa a lidar melhor com os problemas, minimizar a insônia e ter uma melhor qualidade de vida.
Com o aumento da serotonina no organismo, que causa a sensação de bem-estar, controla-se, ainda, a insegurança, a ansiedade, a depressão e até o excesso de peso, aspectos bastante negativos para a autoestima. Nas academias, são comuns os exercícios em grupo.
Sem perceber, a pessoa acaba aperfeiçoando o relacionamento interpessoal, prática que pode ser levada para o dia a dia. Afinal, quem não precisa se relacionar melhor com os outros?
Com o corpo bem condicionado e a mente saudável, o indivíduo consegue manter o bem-estar psíquico. Porém, esses resultados estão relacionados à manutenção, ou seja, é preciso bastante disciplina para manter a regularidade da atividade física.
No mínimo, os exercícios devem ser feitos três vezes por semana, e ao escolher a modalidade, o melhor é levar em conta o gosto pessoal, porque assim será mais fácil ter prazer.
Quando a atividade física é praticada com grande intensidade, de forma exagerada, ocorrem as famigeradas lesões musculares e outros desconfortos físicos, sendo que a pior consequência são os problemas ao coração. Afinal, tudo tem limite.
Como o excesso pode ser prejudicial, os especialistas recomendam a realização dos exercícios mais vigorosos somente por 30 a 50 minutos ao dia.
O certo é sempre consultar um médico antes de começar qualquer exercício físico regular, já que cada caso é um caso e somente o profissional poderá recomendar o que é melhor para cada pessoa.
Da mesma forma que o excesso de exercícios prejudica o físico, ele também compromete, na mesma proporção, a mente.
Não são muito raros os casos de pessoas que, na busca pelo corpo perfeito, ou atletas cujos desafios e metas se tornam cada vez mais ousados, tenham problemas emocionais relativos à sobrecarga de atividade física.
Mas não são só eles. Pacientes que buscam se exercitar para controlar sintomas como a depressão e a ansiedade também têm uma tendência a se cobrar demais. E quando não conseguem se dedicar tanto quanto gostariam ou acabam se excedendo, vem a frustração e o desânimo.
Quando a atividade passa a interferir negativamente na vida da pessoa, ele deve procurar um psicólogo. Só um profissional capacitado conseguirá orientar devidamente, de modo que não haja diminuição da autoestima e, neste caso, a pessoa entre num círculo vicioso bastante prejudicial.
A terapia regular ajuda a equilibrar os conflitos criados a partir da lacuna entre a expectativa e a realização.
Você já parou para pensar o quanto a sua autoestima afeta a sua rotina e em como você impacta a vida de quem convive com você
Quando alguém se sente bem consigo mesmo, isso reflete em suas relações com outras pessoas, no seu bem-estar, na sua visão do dia a dia e traz benefícios para sua saúde mental.
No entanto, quando a autoestima está baixa, a sensação de bem-estar cai, os pensamentos se concentram nos pontos considerados “negativos” de si mesmo, e sentir-se inferior e insuficiente é muito comum.
Este tipo de ideia, quando persistente e intensa, pode causar problemas de depressão, gerar fobias e acabar com as alegrias e o bem-estar na rotina.
Essa substância é capaz de diminuir dores, melhorar o humor e a concentração, combater a ansiedade, regular o sono e muito mais. Além disso, praticar exercícios é fundamental para perder peso, algo que influencia diretamente na aparência e, consequentemente, na autoestima.
Às vezes, dar uma repaginada em si mesmo é suficiente para que a autoestima suba em alguns pontos. Isso não significa mudar completamente a aparência ou o guarda-roupa.
Experimente cortar o cabelo, cuidar da higiene, das unhas e vestir uma roupa de que gosta e que faça com que se sinta bem consigo mesmo. São pequenas ações do dia a dia que podem ter um impacto positivo em como você vê a si mesmo e, como consequência, como os outros o veem.
É comprovado que manter hábitos regulares de leitura ajuda a estimular a mente, a reduzir o estresse, a melhorar a memória e a concentração e a deixar a rotina mais tranquila.
Mas além destes benefícios, é preciso levar em conta que ler é adquirir conhecimento que pode ser útil em vários momentos da vida, seja para fins de interações sociais, seja por questões profissionais.
A leitura ainda é uma forma eficiente de aumentar o vocabulário e de desenvolver um pensamento mais analítico e crítico sobre o mundo.
Talvez você pense que esta é uma atividade impossível, mas esse é justamente o primeiro pensamento que precisa ser suprimido.
Acredite que é possível treinar sua mente para que cale todos os pensamentos negativos e os substitua por ideias positivas, que vão ajudá-lo a ver tudo de uma forma mais leve.
Pratique o exercício de substituição de pensamentos negativos por ideias positivas diariamente, até que o hábito seja incorporado. Assim, logo você vai passar a acreditar mais em si mesmo, sem ser desestimulado por possíveis obstáculos.
Às vezes, buscar o autoconhecimento não é tão simples, e um psicólogo pode ter um papel fundamental nessa hora!
Não é possível ter uma boa autoestima e viver uma vida tranquila e com bem-estar sem conhecer a si mesmo.
Você precisa saber do que gosta e do que não gosta, seus pontos fracos e pontos fortes, suas conquistas e derrotas, seus instintos e reações. Autoconhecimento gera autoestima.
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