JOSÉ: VIVENDO EM INTEGRIDADE




INTRODUÇÃO


- Deus faz o uso constante da vida dos personagens bíblicos para nos encorajar, ensinar, advertir, sobretudo para nos tornar mais parecidos com o Senhor JESUS é a pedagogia do Altíssimo.

As biografias divinamente inspiradas destilam a verdade de Deus e tecem marcas profundas no contexto da nossa existência.

É o manual de treinamento de Deus – Cheio de Instrução e inspiração;

Rm 15:4 Porque tudo o que dantes (outrora) foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.


Olhar para vida dos homens da Antiga Aliança aponta para duas assertivas:

a) As passagens dantes escritas servem para atualmente instruir nossas condutas.

b) O segundo pilar descrito refere-se à esperança futura.

Somos encorajados pelos magníficos exemplos descritos na Bíblia a nos mantermos fiéis até a morte, aguardando pacientemente a vitória futura. _Assim, não foi diferente com a vida do personagem em estudo. Deus permitiu que fatos interessantes ocorressem na vida de José para que, vários anos à frente pudéssemos compreender como devemos nos portar diante de fatos e situações.


Integridade: É o que você é quando não há ninguém por perto. 

O que é integridade?

 Totalidade; inteireza; o indivíduo íntegro não é dividido e nem fingido. 

Ele é inteiro. De vida Cristã completa e as coisas funcionam harmoniosamente juntas. 

As pessoas íntegras não têm nada que esconder e nada que temer. A vida delas são livros abertos.


Integridade, conforme Jesus prelecionou, abrange todo o interior da pessoa: Mente, coração e vontade. (coração) Ela não tenta amar a Deus e ao mundo ao mesmo tempo. (mente) (olho) uma perspectiva única que mantém a vida na direção certa. A pessoa íntegra tem também uma só vontade, buscando servir unicamente ao Senhor.

Visão Geral Resumida

Palidamente vejamos algumas informações sobre a vida de José, lembrando que sua vida pode ser dividida em três segmentos distintos:

a) Do seu nascimento até seus 17 anos (Gn 30:24 até 37:2): Durante este período a família de José estava de mudança – ninguém se instalara permanentemente – todos andavam de um lado para o outro. Os membros de sua família discutiam entre si, manifestando sentimentos de inveja e ódio.

b) Dos 17 aos 30 anos (Gn 37:2 até 41:46): José chega ao início de sua idade adulta. Sua vida parece sair do controle. Escravidão, acusação injusta e prisão aconteceram com ele.

c) Dos 30 anos até sua morte (Gn 41:46 até 50:26): Os oito últimos anos de José são de prosperidade e recompensa sob a bênção de DEUS. Ele teve a oportunidade clássica de acertar as contas com os irmãos e arruiná-los para sempre, mas recusou-se a fazer isso. Pelo contrário, abençoou-os, protegeu-os e perdoou.


A primeira pessoa que encontramos na história de José é seu pai Jacó. Seu outro nome, é Israel, que significa “Deus Luta” – nome que recebeu após ter lutado com Deus e se agarrado a Ele até receber sua bênção (Gn 32:22-32).


Este nome é um grande melhoramento do original que dizia ser usurpador ou trapaceiro. As escrituras declaram em Gênesis 37:3 que Jacó era idoso quando do nascimento de José. Por este motivo, alinhavado ao fato que José era filho de Raquel (mulher ao qual amava), Jacó, em nenhum momento, tentou encobrir que amava este filho mais que os outros. O nascimento de José foi algo muito especial. Raquel era estéril (Gn 30:22-24), e como sabemos, havia uma certa intriga entre Lia e Raquel, haja vista, ter tido Jacó filhos com sua primeira esposa, a até então, a segunda não lhe proporcionava. Contudo, Deus lembrou-se de Raquel e abriu-lhe a madre. A essa altura, Jacó havia trabalhado uma quantidade infinda de anos para Labão e estava ansioso para partir. Queria sair de Harã, terra de seu sogro, ao nordeste de Canaã, e queria levar suas mulheres para a terra Prometida. (Gn 30:25-26). Finalmente, Jacó saiu para a terra de Canaã, contudo, na viagem uma tragédia acontece com Raquel. Benjamim nasceu, porém Raquel não suportou às dores do parto e faleceu. (Gn 35:16-19) Que triste fim para uma mulher realmente amada! Que dissolução interessante para uma família. Este é o pano de fundo para que possamos compreender os enganos, intrigas, ira, rebeldia, rivalidade e inveja descontrolada que imperavam nos filhos de Jacó.


Filho Favorito

José era filho favorito de Jacó pois:

a) Primogênito da Esposa preferida; b) Filho de sua velhice; c) José não se parecia com seus irmãos, em caráter e atitude. José era tão mais querido que foi presenteado com uma túnica talar (Gn 37:3). 

    Dizem os comentaristas de renome que esta túnica tinha mangas e se estendia até o tornozelo. É difícil trabalharmos com uma roupa incômoda, especialmente se for um manto caro, ricamente bordado. Seria como enviar um soldador a uma construção utilizando casaco de pele. Assim, se compreende facilmente que Jacó não se importava se seu filho iria ou não trabalhar.

    A inveja de seus irmãos foi tanta que não mais podiam nem ofertar à José palavras bondosas. Além do mais José era um sonhador. Por alguma razão ele contou dois de seus sonhos aos seus irmãos (37:5-8). Seus irmãos ouviram tudo quanto tinha a falar, contudo se irritaram, inclusive questionando: Nós vamos servir você?

    Passado algum tempo, foram os irmãos apascentar os rebanhos do pai, mas José não os acompanhou. Jacó enviou, mais tarde seu filho José até Siquém para buscar notícias de seus irmãos. Quando seus irmãos o viram chegando, a reação foi imediata. Buscaram no momento oportuno matá-lo. Rúben interfere neste ponto, dizendo que não seria necessário tirar-lhe a vida. A solução proposta foi a de lança-lo em uma cisterna. Assim foi feito (Gn 37:23-25). O primeiro ato evidente foi a retirada da túnica, e posteriormente, entregaram o jovem rapaz, a uma caravana de ismaelitas. Venderam seu irmão por vinte ciclos de prata, que na época seria dinheiro suficiente para aquisição de um escravo aleijado.

    Enquanto a caravana seguia pelos campos e desaparecia de vista, os irmãos mergulharam calmamente a túnica de José no sangue do bode recém morto. Depois pegaram a vestimenta suja de sangue e a levaram de volta ao pai, atirando-a no chão e dizendo: Encontramos isso. Achamos que pode ser a túnica de seu filho. Jacó, um pai envelhecido, rasga suas vestes e pranteia a morte do filho.



Capacidade de Resistir às tentações

Uma primeira característica que permite afirmar ser José um homem de comportamento íntegro é sua resistência à tentação. Todos passaram pela tentação, inclusive Jesus. Contudo, este, Cristo, foi o único que não cedeu a nenhuma, mesmo sendo homem. Cristo tinha os mesmos desejos, dores e sensações que sentimos. Era um homem, ao qual reafirmamos a totalidade de sua inteireza em dizer que não pecou. A tentação pode vir com algumas faces:

    a) Material: Desejo por coisas ou bens. Pode ser algo grande como uma casa, ou pequeno como um anel. Quem nunca cedeu imprudentemente a ele algumas vezes?


    b) Pessoal: desejo pela fama, pela autoridade, poder, controle sobre os outros. Pode ser algo simples quanto o desejo de ser um diretor executivo, como presidente.

Ressalte não ter problemas em almejar um bem ou posição, contudo, esta se torna problemática quando assume o lugar de DEUS em sua vida! Diz a escritura que devemos buscar em primeiro lugar o Reino de DEUS e sua Justiça. Não que antes do reino de Deus devemos conseguiu uma casa de 1mm de reais.

    c) Tentação Corpórea: é o desejo por outra pessoa.

José fora levado ao Egito e Potifar, oficial de Faraó, comandante da guarda, comprou-o dos ismaelitas que o tinham levado para lá (Gn 39:1). Contudo, o Senhor era com José, e tudo quanto fazia prosperava. Potifar, reconhecendo tal situação, concedeu o cuidado de tudo quanto possuía à José. A fé que José tinha no Senhor foi reconhecida por Potifar porque viu evidência dela na vida e no trabalho de José. José fora realmente promovido. De escravo a mordomo dos bens de seu senhor. Algo é interessante ressaltar: Com o aumento do sucesso, aumentou a confiança em José e por sua vez, exacerbou uma maior vulnerabilidade. Extraímos a lição que a tentação é mais clara e veemente nos dias de prosperidade e conforto. O texto nos apresenta duas qualidades de José, ora, era formoso de porte e de aparência.


Depois destas coisas, a mulher de seu senhor pôs os olhos em José e lhe propôs algo inconcebível. (39:7). Sem hesitar e plenamente seguro de si mesmo e de seu DEUS, respondeu com igual ênfase. No verso 8 há predição que ele recusou. José disse não! José permaneceu firme, leal ao Senhor. Contudo, a mulher de Potifar não cessou sua procura, falando todos os dias a José sobre sua vontade (Gn 39:10).

            [Tiago 1:13-14] Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. 14 Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.

José se manteve íntegro diante das investidas da mulher de Potifar, e, ela, não contente preparou-lhe uma armadilha. A esposa de Potifar agarra a José que sai correndo com todas as suas forças.

Querido irmão, diante da tentação devemos nos comportar como José. Resistirmos firmemente a ela, e se necessário for, devemos partir em retirada.

"Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar." (I Coríntios 10 : 13)

"Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós." (Tiago 4 : 7)

Devemos no imperativo, resistirmos, como ordem, às tentações de satanás. Após tal situação a mulher de Potifar mente aos homens e a seu marido, afirmando que o Judeu havia tentado violenta-la. Mais uma vez José, mesmo se mantendo íntegro e firme é humilhado, atacado; contudo, a segunda característica marcante de José se encontra presente neste segundo episódio até então fatídico de sua vida:

Olha as situações sob a perspectiva de DEUS

Deus não é como nós. Ele trabalha paciente e fielmente de um modo que nós jamais trabalharíamos. Deus vê muito além desta situação e sabe o que precisa ser feito nos recessos da vida de José, enquanto o prepara para a grandeza dos anos futuros.


José era absolutamente inocente, mas todas as circunstâncias estavam contra ele. Haviam provas do seu suposto ataque. Em decorrência deste fato, Potifar lança José no cárcere. Permaneceu no cárcere esquecido por vários anos. Fora injustiçado, rejeitado e esquecido novamente. Uma verdade bíblica maravilhosa retiramos desta passagem. Em momento nenhum você considera e contempla no texto José questionando sobre os propósitos de DEUS. Somente sabia que o Senhor estava com ele. José prosperou inclusive na prisão, conforme Gênesis 39:21-23.

        Isaías 55: 8 Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR. 9 Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.

        José foi tratado injustamente por sua família. Seus irmãos o odiavam e queriam mata-lo; venderam-no como escravo. Tornou-se escravo em uma terra da qual não conhecia sequer a língua. Depois disso foi acusado falsamente e preso, mesmo que injustamente, permanecendo abandonado.

        Fazemos uma pergunta: Que idade tinha José? Os textos não expõem esta verdade, contudo deveria estar próximo dos 30 anos. Onde estava Deus na vida de José? Onde está Deus quando tudo está escuro e tortuoso? Onde está o Senhor quando estamos trancados em uma masmorra?

Gn 39:21 – O Senhor era com José.

Era ali que o Senhor estava. Jamais foi embora. Jamais partiu, e tanto é verdade que mais uma vez José achou graça aos olhos do carcereiro (Gn 39:21-23).

Diante da adversidade José mais uma vez prosperou. Prosperou porque encarou a situação sob a perspectiva e os olhos de DEUS. O Senhor esteve com José durante estes longos anos. Foi ELE quem acalentou a alma de José. Quando surge a adversidade, a prova, a primeira impressão é a que fomos esquecidos por DEUS, contudo, o Senhor sempre está ao nosso lado.

Tanto era o Senhor com José, que depois de algum tempo, o copeiro chefe e o padeiro chefe do rei causaram algum transtorno à Faraó e foram lançados na prisão. Aparentemente, o contexto de José estava se transformando. (Gn 40:1-3). O Copeiro chefe era a pessoa que experimentava o vinho e a comida do rei antes de ele comer ou beber. O padeiro chefe era o responsável pela preparação dos banquetes e alimentos à faraó. Fizeram algo que desagradou profundamente o monarca.

Nos versos de 4 a 7 do capítulo 40 nos vemos que ambos foram colocados à mercê e cuidado de José e, naquele local tiveram sonhos. Cada qual um sonho em separado.


Contudo antes de analisarmos este dispositivo, é necessário tecermos comentários sobre a postura de José. No final do verso 7 José questiona aos oficiais de faraó porque estavam com o semblante entristecido. José era tão íntegro e firme que se preocupou com o estado daqueles homens, em detrimento ao seu próprio estado. Ele era quem teria, no mínimo, o direito de ter o semblante descaído, contudo, na adversidade compreendia a mão do Senhor.


Há um episódio interessante na vida de Thomas Edison que ilustra esta necessária perspectiva que os crentes devem ter em DEUS:


"Numa tarde de Dezembro o grito de fogo ecoou pela fábrica. Combustão espontânea ocorrera na sala de filmes. Em instantes todo o material de celulóide, filmes e outros bens desapareceram. O filho de Edison procura abruptamente por seu pai, homem com idade já avançada, temendo o pior. Então, no pátio da fábrica avista o velho homem vindo em sua direção questionando onde estaria sua esposa. Gritou: Vá busca-la. Diga que traga as amigas! Elas nunca verão um incêndio assim outra vez! Quando o fogo já estava praticamente controlado, o homem reuniu seus empregados e anunciou: Vamos reconstruir!”


José não temeu em tentar reconstruir situações; ao invés disso, erigiu paredes aos homens de faraó ao interpretar seus sonhos.


O Copeiro chefe inicia a contagem dos sonhos narrando que de uma vinha cresceu três ramos. Seus cachos produziram uvas maduras. Ele tomou as uvas e as espremeu no copo de faraó. (Gn 40:9-15). José interpreta esse sonho dizendo que os três ramos seriam três dias. Findado o prazo, seria restituído ao cargo de copeiro chefe. Em seguida acrescenta: Quando isso acontecer lembre-se de mim. O padeiro se apresenta à José e narra seu sonho, ao qual é interpretado por José em que os três cestos seria três dias, e que dentro destes dias, faraó lhe tiraria a cabeça e lhe penduraria em um madeiro.


Cumpriu-se exatamente conforme interpretação de José, e imagino que deve ter se alegrado infinitamente, haja vista, o copeiro ter sido liberto. Deve ter pensado. Agora serei lembrado e libertado. Contudo, se esqueceu de José o copeiro. (Gn 40:23).


Não se esqueceu o copeiro por duas semanas. José ficou enclausurado por dois anos completos dentro da prisão. Dois intermináveis anos (Gn 41:1).


Compreende que o sofrimento pode moldar uma vida para grandeza.

Tozer diz “É duvidoso que Deus possa abençoar muito um homem antes de te-lo ferido profundamente”.


A vida de José foi em sua maioria uma constante ferida. Depois de tudo, passou ainda dois anos dentro de uma prisão. Anos nem estimulantes e nem agitados. Contudo, aparentemente nada acontecia. Na realidade muita coisa ocorre quando esperamos a atuação de DEUS. Estamos sendo fortalecidos dia-a-dia. Refinados, aperfeiçoados.

O rei da terra teve um sonho, ao qual viu sete vacas gordas e bonitas subindo das águas pantanosas do delta do Nilo. Em seguida sete vacas feias, magras e famintas saíram do mesmo rio e devoraram as primeiras. Logo em seguida sonhou que sete espigas gordas e belas sendo devoradas por sete espigas mirradas.

Deus já estava deste o início trabalhando na vida de José. Ficou muito perturbado, faraó, com o sonho que teve, e em decorrência, mandou chamar os magos para decifrarem aquilo que sonhou. Mandou chamar os mais sábios da terra. Contudo disseram categoricamente que não sabiam o significado do sonho.

O copeiro se lembra do episódio na prisão, e avisa Faraó, o qual mandou imediatamente buscar o homem (Gn 41:9-14). Ele se barbeou, trocou de roupas e foi para presença do Rei. Faraó narra o episódio à José, que com toda humildade re-afirma que, a bem da verdade, era o Senhor que poderia responder à Faraó. José estava tão humilhado diante de faraó porque foi provado pelo fogo da aflição. Compreendeu desde o início que era o Senhor que produzia nele tanto o querer como o efetuar.

José inicia a interpretação do sonho de faraó, em ambos os sonhos (vaca e espigas) representavam a mesma coisa. O Egito iria passar por um período de fartura, e depois, virão anos de intensa fome, como nunca se viu em toda terra. Após a interpretação recomenda a faraó que levante um homem ajuizado e sábio, e o ponha à governar a terra do Egito (Gn 41:33).

Aqui se inicia a verdade que o sofrimento prepara para a glória. Antes de José ser colocado como governador sobre a terra, teve de aprender duras lições, sejam elas na casa de potifar, e logo após na prisão. Não imaginava ele que Deus tinha planos maiores e mais altos para aquele jovem. Muitas vezes não compreendemos o porque dos sofrimentos ou aflições, contudo, Deus está trabalhando em seu caráter. Moldando sua vida para o Serviço do Reino.

Gn 41:39 Depois disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão entendido e sábio como tu. 40 Tu estarás sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o meu povo, somente no trono eu serei maior que tu.

Faraó, além colocar José sobre a terra, lhe deu autoridade tal que era tido como o segundo maior homem do Egito. Faraó lhe deu roupas finas, carruagens, tudo o que dantes nunca possuiu.

José aprendeu, assim como Davi, que um coração quebrantado e arrependido não é o fim, mas o começo. Machucado pelos golpes e decepções, descobriu que Deus jamais saíra do seu lado. Quando a aflição terminou, ele havia sido refinado e saiu aprovado como ouro.

Deus detém promessas conosco, assim como as foram para José.

Humilde

Com o nascimento dos filhos de José compreendemos mais uma verdade a respeito de seu caráter. Era um homem humilde.


Gn 41: 50 E nasceram a José dois filhos (antes que viesse um ano de fome), que lhe deu Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om. 51 E chamou José ao primogênito Manassés, porque disse: Deus me fez esquecer de todo o meu trabalho, e de toda a casa de meu pai. 52 E ao segundo chamou Efraim; porque disse: Deus me fez crescer na terra da minha aflição.


José poderia enraivecer-se e se orgulhar que por seus feitos foi vitorioso, contudo, brilhantemente, ao nomear seus filhos, reconheceu que o Senhor estava no controle. Disse Manasses (DEUS me fez esquecer). Logo após Efraim (DEUS me abençoou duplamente), ou seja, Deus me fez superabundante.


Com toda essa abundância José encheu celeiros suficientes para o sustento de toda a terra do Egito e afins. Deus pode usar nossa autoridade, nossa abundância e nossa promoção como fez com José. Mas, antes disso, precisamos humilhar-nos diante da poderosa mão do Senhor e dizer: “Senhor, preciso de Ti”.


Como a fome na terra era grandiosa, Jacó mandou todos os filhos para o Egito – todos, exceto o mais moço, Benjamim, o único que restou de Raquel, sua esposa que morrera a muito. José não conhecia ou detinha informações sobre sua família, e muito menos, seus irmãos e pai.


Conforme narra o capítulo 42, os dez filhos de José se apresentaram diante do governador do Egito, ao qual os reconheceu prontamente, contudo, pela mudança física, não deixou que conhecesse.


José arquiteta um plano para ter consigo seus irmãos, acusando-os de serem espiões da terra. Colocou-os na prisão por três dias (42:18-20), contudo, no terceiro dia disse que somente um ficaria no Egito, enquanto os outros buscariam o irmão mais moço. Seria essa a forma de demonstrarem sua inocência. Antes de partirem os irmãos de José disseram uns aos outros que eram culpados no tocante à sua venda. Assumiram seu erro.


José corrobora sua humildade mandando que, quando partissem, tivessem os sacos cheios de cereal, e lhe restituíssem o dinheiro, a cada um no seu saco (Gn 42:25-28). Eles mereciam estar na lista negra de José, contudo, José não possuía lista negra


Os filhos de Jacó chegaram à Canaã e recapitularam a história e experiências que tiveram com seu pai. O pai, em um primeiro momento, interpretou a situação negativamente. Ao invés de dar graças a DEUS pela situação, pelo que o primeiro ministro estava fazendo por esta família, pelo fato somente do homem querer um prova de que não eram espias, começou a murmurar. Contudo, Deus sempre consegue o que quer. É muito mais sofrido quando lutamos contra ELE; quando resistimos às suas orientações.


Judá, no capítulo 43:8-10 toma a frente da situação. Disse que assumia a responsabilidade pela vida de Benjamim. Tomaram presentes, dinheiro em dobro, e desceram ao Egito e se apresentaram perante José.


José fez mais

Os filhos de Israel, diante de José, foram tratados como membros da realeza. Comeram até se fartarem. Benjamim recebeu porção quíntupla de alimento.


Porque José foi considerado grande? José não era um super-homem. José era simplesmente um homem. Jamais andou sobre as águas. Nunca realizou nenhum milagre. Foi considerado grande por sua fé em DEUS que se manifestou em uma atitude coerente diante das situações.



Uma fé sólida leva as boas atitudes.

Em um primeiro momento, como vimos no capítulo 44, José fez um teste com seus irmãos. Provou seus caráteres no episódio do copo. Todos foram aprovados. Diferentemente da inveja ciúmes que tiveram no começo de suas vidas, neste momento, liderados por Judá, tomaram a culpa para si. (Gn 44:16). Judá, com o caráter inteiramente transformado toma a frente mais uma vez em defesa do seu irmão mais novo.


É o ponto mais interessante da vida de José. Homem íntegro e temente ao Senhor. Ele se apresenta aos seus irmãos, e com lágrimas os conclama a virem à ele com intimidade. O Perdão permeou aquele local. Não haviam mais motivos para tristeza. José compreendeu após vários anos sua missão e propósito:


Gn 45: 5 Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós. 6 Porque já houve dois anos de fome no meio da terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem sega. 7 Pelo que Deus me enviou adiante de vós, para conservar vossa sucessão na terra, e para guardar-vos em vida por um grande livramento.


8 Assim não fostes vós que me enviastes para cá, senão Deus, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa, e como regente em toda a terra do Egito.


Atitude é algo crucial na vida do Cristão

José, dotado de perdão, faz um convite irresistível a seus irmãos, que estes viessem, com tudo o que possuíam habitar na terra de Gozem. Prontamente seu pai atendeu ao chamado e foi habitar com o filho. Tudo fora prontamente preparado por José, até que encontra o pai e se quebranta de emoção.


29 Então José aprontou o seu carro, e subiu ao encontro de Israel, seu pai, a Gósen. E, apresentando-se-lhe, lançou-se ao seu pescoço, e chorou sobre o seu pescoço longo tempo.



José como TIPO de Cristo

José vivenciou a rica esperança de ser Filho, Escravo e Soberano; Cristo é o Eterno Filho de Deus, que passou por um severo período de escravidão e terminou com sua exaltação ao lugar de soberano (Fp. 2.5-11)

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