Os Evangelhos: Uma Síntese



INTRODUÇÃO

Começando pelo início.

O que é o evangelho ?

Como estudar ?

O que significa Sinóptico ?

Por que João não é Sinóptico ?

Quem foram os autores ?

O que é a Teoria das Quatro Fontes ?

A Canonicidade da Bíblia.

Critérios de canonicidade bíblica

Extensão Do Cânon

O Cânon Estabelecido

As Marcas Da Canonicidade

O Escopo Do Cânon

Introdução ao Evangelho segundo Mateus

Introdução ao evangelho segundo Marcos

Introdução ao Evangelho segundo Lucas

Introdução ao Evangelho segundo João


Introdução

Antes de começar falando dos livros que compõe o evangelho vamos explicar o que é o evangelho e outros assuntos como sinópticos, sobre os autores a canonicidade e seus critérios, pois toda viagem precisa partir de algum ponto e no quesito Bíblia isso é importantíssimo saber que tipo de gênero literário estamos tratando.

O que é o evangelho ?

A palavra evangelho deriva do grego, é formada pela união de dois termos εὐαγγέλιον | euangelion| (eu, bom, -angelion, mensagem) que significa boa mensagem, boa notícia, boa nova. Sabendo então qual o significado da palavra evangelho, resta-nos entender o que realmente é o Evangelho.

Antes de tentar explicar o evangelho no contexto cristão é bom lembrar que essa palavra já era muito utilizada no contexto bélico pelos gregos e romanos. Flávio Josefo um historiador judeu, utiliza a palavra “εὐαγγέλιον” para se referir a noticia recebida pelo corrupto procurador romano da Judéia Géssio Floro, que permitia o inicio da guerra dos judeus contra os romanos conforme o próprio procurador desejava ou seja para o procurador era um “boa noticia” pelo menos quatro referências em seu livro “Guerras Judaicas" Flávio se refere à evangelho: a)Início da guerra dos judeus contra os romanos; b) As empreitadas bem-sucedidas de Vespasiano no leste do Império Romano; c) o conteúdo da carta injuriosa de um dos tetrarcas da Judeia; d) Os feitos bélicos que Tito anunciou a seu pai Vespasiano; e) O encurralamento de Josefo. Então seria uma ironia usar a Palavra evangelho para a vida de Cristo ? muitos creem que sim, pois foi uma afronta aos governadores do mundo da época “os Herodes” saber que os Cristãos tinham como Rei dos reis o filho de carpinteiro judeu que morreu numa cruz.

Com esse parênteses fechado vamos a nossa definição de evangelho. Talvez a definição mais clara e objetiva sobre o que é o Evangelho, foi registrada pelo Apóstolo Paulo, escrevendo sua Carta aos Romanos, ao dizer que o Evangelho “é o poder de Deus para salvar” (Rm 1:16).


Em outras palavras, o que Paulo está dizendo é que o Evangelho é o próprio evento de Cristo, ou seja, o Cristo crucificado, Sua obra completa na cruz resgatando e salvando o pecador, em sacrifício substitutivo. Sobre isso, o mesmo Paulo dá mais detalhes, dessa vez escrevendo aos Coríntios. o apóstolo fala que é pelo Evangelho que somos salvos, pois o Evangelho é a mensagem de que “Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1Co 15:1-6).


No Evangelho de Marcos (1:15), temos outra definição interessante acerca do que é o Evangelho. Marcos escreve que Jesus foi para a Galiléia, anunciando as boas novas de Deus. Seu anúncio consistia em dizer que “o tempo é chegado, e o Reino de Deus está próximo“, acompanhado da exortação acerca do arrependimento: “Arrependam-se e creiam nas boas novas!“.


No Novo Testamento, o termo “evangelho” é empregado pelo menos setenta e seis vezes, sempre no sentido cristão, isto é, o da mensagem essencial da salvação. Em tais passagens, a palavra “evangelho” é acompanhada de diversas frases descritivas, porém sempre conservando o mesmo significado, como por exemplo:



  • O Evangelho do Reino (Mt 4:23; 9:35; 24:14).

  • O Evangelho de Jesus Cristo (Mc 1:1; Rm 15:19; 1Co 9:12; 2Co 2:12).

  • O Evangelho de Deus (Mc 1:14; Rm 1:1; 15:16).

  • O Evangelho da Graça de Deus (At 20:24).

  • O Evangelho de Seu Filho (Rm 1:9).

  • O Evangelho da Glória de Cristo (2Co 4:4).

  • O Evangelho da vossa salvação (Ef 1:13).

  • O Evangelho da paz (Ef 6:15).

  • O Evangelho eterno (Ap 14:6).


Ainda no Novo Testamento, podemos encontrar muitas outras explicações acerca do que é o Evangelho. Na Epístola aos Tessalonicenses (1:5), aprendemos que o Evangelho não vem somente em palavras, mas também em poder, e, comparando com a passagem já citada em Romanos 1:16, compreendemos que o Evangelho é o próprio poder de Deus, que revela a Sua Justiça e conduz à salvação todos aqueles que crêem.


Escrevendo a Timóteo, Paulo refere-se ao Evangelho como um tesouro sagrado (1Tm 1:11). Paulo ainda declara que o Evangelho é a “palavra da verdade” (Ef 1:13), e está oculto dos incrédulos (2Co 4:3,4) os quais pedem sinais miraculosos ou procuram alguma sabedoria que possa prová-lo. Por isso, Paulo diz que o Evangelho é um escândalo para os que buscam sinais, e loucura para os que buscam provas racionais (1Co 1:23).


Um bom exemplo do que é o Evangelho é a Carta de Paulo aos Romanos, que basicamente explica todo esse Processo da situação do Homem sem Deus, o que Deus fez para resgatá-lo, o que é feito com o regenerado e como deve-se viver a nova criatura em Cristo.



Como estudar ?

Podemos estudar de duas formas: Sistemática, Colocando as doutrinas bíblicas em um sistema ordenado, catalogadas de forma coerente para que se possa compreender melhor e Cronológica, Colocando os acontecimentos na ordem em que ocorreram os fatos. Ambas são complementares, afinal toda escritura precisa ser entendida e aplicada, não são apenas histórias são nossa regra de fé e prática.

O que significa Sinóptico ?

Duas palavras gregas formam a palavra sinópticos são elas “συν” syn = com, conjunto; “οπτικός” ópticos = visão. "visão conjunta", é atribuído aos três primeiros evangelhos Mateus, Marcos e Lucas, o que nos leva a certeza que precisamos ler os três para ter uma visão melhor das nuances da vida do nosso Mestre e Senhor que cada evangelista quis destacar.

Por que João não é Sinóptico ?

A ênfase de João é mais no Jesus Divino e não ao Jesus Histórico, o que não quer dizer que não João não seja uma descrição histórica, mas João fez uma seleção para mostrar toda a Divindade de Cristo como uma espécie de tese sobre o Filho de Deus.

Quem foram os autores ?

Falaremos de cada um separadamente mas em resumo temos: Mateus: Mateus (também chamado de Levi) um dos 12 que era publicano mas largou tudo ao ser convidado por Jesus [Lc 5:27,28]; Marcos: Marcos, filho de Maria de Jerusalém, At 12:12 ; Também referido como João Marcos [At 12:25] ; Parente de Barnabé [Cl 4:10] ; Companheiro de Pedro segundo a tradição por isso que o livro também é chamado de Evangelho de Pedro por alguns escritores Antigos; Afastou-se de paulo Temporariamente em sua primeira viagem missionária [At 13:13]; mas sua amizade com Paulo foi restaurada [2 Tm 4:11]; Lucas: Lucas "o médico amado" [Cl 4:14]; Autor de Atos; Amigo próximo de Paulo; e João: o Apóstolo Amado; autor de Apocalipse o último livro canônico do Novo Testamento.

O que é a Teoria das Quatro Fontes ?

Após muitas pesquisas, surgiram várias teorias para tentar explicar o processo de composição dos sinóticos e suas principais fontes. A teoria mais aceita hoje em dia é a “Teoria dos Quatro Documentos” que basicamente é explicar que os evangelistas se utilizam de fontes correlatas que chamamos de ProtomarcosFonte “Q”Fonte “M”, Fonte ”L”.


Em 1901 o teólogo Alemão Bernard Weiss, denominou de “Q” ou “Quelle” (fonte em alemão), para explicar de onde Mateus e Lucas retiraram seu material em comum que não se encontra em Marcos. Enquanto que houve um “protomarcos” (provavelmente de relatos de Pedro) . Como fonte para Marcos; e ainda a fonte “M” para aquilo que somente há em Mateus, e “L” para o que somente se encontra em Lucas. Foi no livro “Os Quatro Evangelhos” lançado em 1924, que o autor propôs essa teoria.


A Canonicidade da Bíblia.

A palavra Cânon (kanw,n), de origem semita, significa cana de medir ou régua.

Segundo informa Philipp Vielhauer, o uso figurado do termo foi aplicado a diversas áreas: estética, gramatical, hermenêutica, ética, filosófica e religiosa. Passou a ter, então, o sentido de norma ou regra. O termo aparece 62 vezes no AT (Jó 31. 22; Is. 46. 6; 2 Rs. 18. 21).


No Novo Testamento (NT) a palavra kanón aparece 4 vezes: em Gl 6. 16: “e, a todos quantos andarem conforme esta regra”; Paulo usa no sentido de regra moral ou lei moral e em 2Co. 10. 13, 15, 16, onde aparece respectivamente “reta”, “nossa regra”, “além”, com o sentido de esfera de ação demarcada por Deus.


Entre os Pais da Igreja, pode-se verificar que Clemente de Roma usa a palavra como “cânon de obediência”. Clemente de Alexandria chama a harmonia do Antigo e NT de “cânon eclesiástico”. Irineu, em referência ao Credo Batismal, o chama-o “Cânon da Verdade”(kanw.n tn/j avlhqei,aj). Policarpo chama o Evangelho de “Cânon da Fé”.


As Sagradas Escrituras foram chamadas de “regra (cânon) de todas as coisas”, enquanto Isodoro de Pelúsio a chama de “divinas Escrituras, Cânon da Verdade”.


“A igreja cristã não precisou formar para si a ideia de um ‘cânon’ […], ou seja, de uma coleção de livros dados por Deus para ser a regra autoritativa de fé e prática. Ela herdou esta ideia da igreja judaica, juntamente com a coisa em si, as Escrituras judaicas, ou o cânon ‘do Antigo Testamento’ […] A igreja cristã, portanto, nunca existiu sem a ‘Bíblia’ ou sem um ‘cânon’”


Porém, o termo Cânon foi aplicado aos escritos do AT/NT no 4.º século e isso em dois sentidos: 10 primeiro, como “registro oficial”, um “catálogo”, aplicado à lista dos livros reconhecidos na Igreja como escritos sagrados. No segundo sentido, o termo foi usado como “norma normans” (norma normativa), aplicado à Coleção de Escritos Sagrados como regra de ensino e vida de igreja pelo conteúdo desses escritos.


Quanto ao termo “apócrifo” (gr. Apokryphos), que significa “oculto”, “secreto” ou “escondido”. Segundo Geisler, o termo “geralmente se refere a livros polêmicos do AT que os protestantes rejeitam e os católicos romanos e as igrejas ortodoxas aceitam”.

Porém, os que aceitam tais livros os chamam de “deuterocanônicos”, distinguindo, assim, dos livros do Cânon Judaico (AT) chamado de Protocanônico.


Critérios de canonicidade bíblica


  1. Extensão Do Cânon

Há muitos conceitos errados a respeito do cânon. Críticos argumentam que, devido ao grande número de livros – mais do que dois mil, eles dizem – que poderiam ter sido incluídos na Bíblia, parece provável que alguns livros deveriam ter sido incluídos, mas não foram, enquanto outros livros que não eram qualificados foram incluídos. No entanto, a maioria dos livros considerados para a inclusão no cânon foi rápida e facilmente rejeitada pela igreja primitiva, porque eram tão obviamente fraudulentos.

No século II, hereges gnósticos, reivindicando autoridade apostólica, escreveram seus próprios livros e os propagaram amplamente. Contudo, estes livros nunca foram considerados seriamente para a inclusão no cânon; por isso, é enganoso afirmar que havia mais de dois mil potenciais candidatos. Se consideramos o processo histórico de seleção realizado pela igreja, um processo regido por grande cautela e investigação cuidadosa, vemos que somente três dos documentos excluídos sofreram consideração séria para inclusão no Novo Testamento: a Didaquê, o Pastor de Hermas e a Primeira Epístola de Clemente de Roma. Estes documentos tiveram sua origem no final do século I ou início do século II. Se alguém os lê, fica evidente que os escritores eram conscientes de que sua obra era sub e pós-apostólica. Portanto, eles se submetiam à autoridade dos apóstolos e de seus escritos.

Os documentos excluídos são importantes e úteis para a igreja, afinal possuem valor histórico, e foi assim no decorrer da história da igreja, mas nunca houve um conflito sobre a inclusão deles no cânon. A maior parte da controvérsia sobre o cânon nos primeiros séculos se referia não ao que era excluído e sim ao que era realmente incluído. O debate prosseguiu por algum tempo a respeito de incluir ou não Hebreus, 2 Pedro, 2 e 3 João e Apocalipse.


  1. O Cânon Estabelecido

Outros se opõem à autoridade do cânon porque ele não foi estabelecido até ao século IV, muito tempo depois da vida e morte de Cristo. Estabelecer o cânon foi um processo que aconteceu durante um período de tempo; mas isso não significa que a igreja esteve sem um Novo Testamento até ao fim do século IV. Desde o próprio início da igreja, os livros básicos do Novo Testamento, aqueles que lemos e observamos hoje, estavam em uso e funcionavam como um cânon por causa de sua autoridade apostólica.

O problema que causou o estabelecimento do cânon foi o aparecimento de um herege chamado Marcião, que publicou seu próprio cânon. Sob a influência do gnosticismo, Marcião acreditava que o Deus apresentado no Antigo Testamento não era o Deus supremo do universo e sim uma deidade menor chamada um “demiurgo” que tinha uma disposição caprichosa, e que Cristo viera para revelar o verdadeiro Deus e libertar-nos dessa deidade de espírito inferior.

Como resultado, Marcião excluiu tudo no Novo Testamento que poderia ligar Cristo de uma maneira positiva a Javé, o Deus do Antigo Testamento. O evangelho de Mateus e muito do conteúdo dos outros evangelhos foi removido, bem como qualquer referência que Cristo fez a respeito de Deus como seu Pai.

Marcião também eliminou parte dos escritos de Paulo. Ele acabou produzindo uma versão pequena, abreviada e editada do Novo Testamento. Esta heresia impulsionou a igreja a apresentar uma lista formal e autoritária dos livros bíblicos.


  1. As Marcas Da Canonicidade

A fim de determinar a autoridade canônica, a igreja aplicou um teste de três critérios. Alguns se inquietam com o fato de que houve um processo de seleção, mas a meticulosidade do processo deveria tranquilizar-nos.

A primeira marca ou teste usado para averiguar a autoridade de um livro foi sua origem apostólica também chamada de “apostolicidade”, um critério que teve duas dimensões. Para ser de origem apostólica, um documento precisava ter sido escrito por um apóstolo ou sob a sanção direta e imediata de um apóstolo. O livro de Romanos, por exemplo, não foi questionado porque todos concordavam em que ele havia sido escrito pelo apóstolo Paulo e, por isso, tinha autoridade apostólica. De modo semelhante, nem o evangelho de Mateus nem o evangelho de João

foram questionados, porque foram escritos por apóstolos de Jesus. O evangelho de Lucas não foi questionado porque Lucas era um companheiro de Paulo e viajava com ele em suas viagens missionárias. De modo semelhante, Marcos foi entendido como o porta-voz do apóstolo Pedro, de modo que a autoridade de Pedro estava por trás do evangelho de Marcos. Desde o próprio começo, não houve nenhuma dúvida quanto à autoridade apostólica e à canonicidade dos quatro evangelhos ou do corpus básico dos escritos de Paulo.

segunda marca de aceitação para o cânon foi a recepção por parte da igreja primitiva. A epístola aos Efésios é um exemplo que satisfaz a este critério. A suposição é que Paulo tencionava que esta carta fosse para uma audiência mais ampla do que apenas a igreja em Éfeso. Ela foi escrita como uma carta circular, designada a ser propagada por todas as igrejas na região ao redor de Éfeso. Isso era verdadeiro não somente em relação à epístola aos Efésios, mas também às outras epístolas de Paulo. Os evangelhos escritos eram também amplamente circulados entre as congregações do século I. Na questão de reconhecimento histórico, a igreja, ao analisar o que incluir no cânon, levou em consideração como um documento específico havia sido recebido e citado como portador de autoridade desde o início em diante. Na Primeira epístola de Clemente, que não foi reconhecida como canônica, Clemente cita a epístola de Paulo aos coríntios, mostrando que 1 Coríntios havia sido recebido, pela comunidade cristã primitiva, como portadora de autoridade. Na própria Bíblia, o apóstolo Pedro faz menção das cartas de Paulo como incluídas na categoria de Escritura (2 Pe 3.16).

terceira marca de canonicidade foi a causa de maior parte da controvérsia. Os livros considerados apostólicos ou sancionados por um apóstolo e também recebidos pela igreja primitiva constituíam o conjunto básico do Novo Testamento e foram recebidos no cânon sem qualquer controvérsia real, mas houve um segundo nível de livros sobre os quais houve algum debate. Uma das questões se referia à compatibilidade de doutrina e ensino destes livros com os livros do conjunto básico.

Esta foi a questão que provocou algumas das dúvidas sobre o livro de Hebreus. Uma parte da epístola, Hebreus 6, tem sido interpretada frequentemente como que indicando que os redimidos por Cristo podem perder sua salvação, um ensino que discorda do resto do ensino bíblico sobre o assunto. Entretanto, esse capítulo pode ser interpretado de uma maneira que não esteja fora de harmonia com o resto da Escritura. O que finalmente mudou o debate sobre Hebreus foi o argumento de que Paulo era seu autor. Nos primeiros séculos, a igreja acreditava que Paulo era o autor de Hebreus, e isso fez a epístola ser incluída no cânon. Ironicamente, há poucos eruditos hoje que acreditam que Paulo a escreveu, porém há muito menos eruditos que negariam que ela pertence ao cânon.


  1. O Escopo Do Cânon

No século XVI, surgiu uma disputa entre a Igreja Católica Romana e os protestantes sobre o escopo e a extensão das Escrituras do Antigo Testamento, especificamente sobre os apócrifos, um grupo de livros produzidos durante o período intertestamentário. A Igreja Católica Romana adotou os apócrifos; as igrejas da Reforma, em sua maior parte, não os adotaram.

A disputa centralizou-se no que a igreja do século I e Jesus haviam aceitado como canônico. Toda a evidência procedente da Palestina indica que o cânon dos judeus da Palestina não incluía os apócrifos, enquanto muitos em Alexandria, o centro cultural para judeus helenistas, os incluíam. No entanto, erudição mais recente sugere que até o cânon de Alexandria reconhecia os apócrifos apenas num nível secundário, mas não no nível pleno de autoridade bíblica.

Assim, permanece a questão a respeito de quem estava certo – a Igreja Católica Romana ou os protestantes? Em outras palavras, por meio de que autoridade determinamos o que é canônico? De acordo com os protestantes, cada livro presente na Bíblia é um livro infalível, mas o processo realizado pela igreja referente a que livros incluir no cânon não era infalível.

Cremos que a igreja foi guiada providencialmente pela misericórdia de Deus no processo para determinar o cânon e, por isso mesmo, fez as decisões certas, de modo que cada livro que deveria estar na Bíblia está realmente na Bíblia. Entretanto, não acreditamos que a igreja era inerentemente infalível, naquele tempo ou mesmo agora. Por contraste, a fórmula católica romana diz que temos os livros corretos porque a igreja é infalível e qualquer coisa que a igreja decide é uma decisão infalível.

No entendimento católico romano, a formação do cânon se fundamenta na autoridade da igreja, enquanto no entendimento protestante ele se fundamenta na providência de Deus.


Introdução ao Evangelho segundo Mateus

O Evangelho de Mateus está na organização dos livros no testamento como primeiro, isso não significa que tenha sido escrito primeiro, afinal os livros no NT não estão organizados por cronologia mas por “assunto” ou temática. Ele era o principal Evangelho utilizado pela Igreja Primitiva. Através do evangelho de Mateus, todo cristão verdadeiro é instruído a cumprir com gratidão o serviço de anunciar o Reino de Deus.

O livro foi escrito por volta 30-40 da era cristã o autor segundo a tradição foi Mateus. Mateus descreve sua chamada quando ainda estava na coletoria:

Quando Jesus saiu dali, viu um homem chamado Mateus sentado na coletoria e lhe disse: — Siga‑me! Ele se levantou e o seguiu. Estando Jesus à mesa, na casa de Mateus, muitos publicanos e pecadores vieram e tomaram lugares com Jesus e os seus discípulos. Vendo isto, os fariseus perguntavam aos discípulos de Jesus: — Por que o Mestre de vocês come com os publicanos e pecadores? Mas Jesus, ouvindo, disse: — Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Vão e aprendam o que significa: “Quero misericórdia, e não sacrifício.” Pois não vim chamar justos, e sim pecadores. (Mateus 9:9-13 )


Após o século 18, alguns críticos começaram a contestar a autoria do primeiro Evangelho. Eles passaram a sugerir que o verdadeiro autor foi um cristão anônimo do século 1, e que talvez este tenha utilizado alguns manuscritos originalmente escritos pelo apóstolo Mateus para compor essa obra canônica.

Um dos pontos mais discutidos entre tais críticos é a dificuldade que existe com relação ao idioma em que o Evangelho de Mateus foi escrito. Existe a possibilidade de que Mateus tenha escrito sua obra em hebraico e grego.

Seja como for, a verdade é que não existem argumentos realmente convincentes para que de fato a autoria do Evangelho de Mateus, pelo próprio Mateus, seja contestada.

Assim, o apóstolo Mateus continua sendo o autor mais aceito entre os estudiosos, desde os mais antigos até os mais modernos. Mesmo que haja alguma dificuldade em se determinar com exatidão sua autoria, nada esconde a verdade que o próprio Espírito de Deus é o principal autor desse Evangelho.


Propósito


Provavelmente o Evangelho de Mateus teve como destinatário a igreja de Antioquia. Essa era uma congregação formada por judeus e gentios (cf. Atos 15). Alguns detalhes do próprio Evangelho de Mateus demonstram que havia muitos judeus entre seus destinatários originais:


O Evangelho de Mateus enfatiza as promessas feitas no Antigo Testamento sobre a vinda do Messias o que interessava especificamente o povo Judeu.

  • A genealogia de Jesus é apresentada recuando até Abraão.

  • A expressão “Jesus Filho de Davi” aparece repetidamente.

  • A utilização do termo “Reino dos Céus” ao invés de “Reino de Deus”.

Um resumo básico é a ênfase na linhagem do Messias, o paralelo entre Jesus e Moisés e o Fato de Jesus ser o Filho do Homem Deus Conosco.

Quando Jesus chegou à região de Cesaréia de Filipe, consultou seus discípulos: “Quem as pessoas dizem que o Filho do homem é?” E eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros Elias; e ainda há quem diga, Jeremias ou um dos profetas”. Então Jesus interpelou: “Mas vós, quem dizeis que Eu sou?” E, Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Ao que Jesus lhe afirmou: “Abençoado és tu, Simão, filho de Jonas! Pois isso não foi revelado a ti por carne ou sangue, mas pelo meu Pai que está nos céus. Da mesma maneira Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não prevalecerão contra ela. Eu darei a ti as chaves do Reino dos céus; o que ligares na terra haverá sido ligado nos céus, e o que desligares na terra, haverá sido desligado nos céus”. E, então, ordenou aos discípulos que a ninguém dissessem ser Ele o Cristo. Jesus prediz seu sacrifício. Mt 16:13-20

O propósito e tema do Evangelho de Mateus é apresentar Jesus como o Messias, o Filho de Deus. Ele é descrito no primeiro Evangelho como sendo o cumprimento das profecias anunciadas pelos profetas no Antigo Testamento.Logo na genealogia do capítulo 1, o Evangelho de Mateus mostra que Jesus é o tão esperado rei prometido. O reino que Ele trouxe é o cumprimento do plano de redenção de Deus. O Evangelho de Mateus nos informa que Jesus: cumpriu as Escrituras; inaugurou o Reino de Deus; comissionou seus seguidores a espalhar esse reino a todos os povos, tribos e línguas; advertiu que a tarefa de evangelizar seria acompanhada de aflições e perseguições, mas também avisou que sempre estaria com aqueles que são seus. Por fim, Ele prometeu que um dia retornará e o Reino de Deus alcançará sua plena realização.

Com um arranjo sistemático muito bem feito, o autor do primeiro Evangelho traz uma categorização e organização dos temas de forma impecável. Assim Mateus nos proporciona a experiência maravilhosa de lermos os relatos do ministério de Jesus descritos por uma testemunha ocular: o próprio apóstolo Mateus.


Esboço:


Capítulo 1: Genealogia, Nascimento Virginal,

Capítulo 2: Visita dos Magos, Fuga para o Egito, Matança dos Meninos de Belém e Volta do Egito.

Capítulo 3: A Pregação de João Batista, O batismo de Jesus.

Capítulo 4: A tentação de Jesus, o começo do Ministério de Jesus na Galiléia “ é chegado o Reino de Deus”, Jesus chama quatro pescadores, Jesus ensina e cura muitas pessoas.

Capítulo 5-7: O sermão do monte.



Esses Capítulos, são intrinsecamente ligados e interligados com a Narrativa do Cumprimento da Chegado do Reino de Deus. o Anúncio, o ministério de Resgate, o confronto de Jesus com o Mal, a derrota do mesmo a restauração das pessoas e o novo nascimento, e no sermão da montanha dos capítulos 5 a 7 o “modelo” dos pertencentes desse novo Reino, um reino invertido onde são felizes os humildes e não os que são auto-suficientes, os que choram não os “fortes” e insensíveis e demais virtudes que são antagônicas as virtudes humanísticas do que o mundo prega onde as pessoas são medidas pelo que tem e não pelo que são, o mundo sempre tenta moldar a igreja aos seus sistemas de valores, mas uma volta às escrituras sempre é o fator primordial para nos mantermos parecidos com Aquele que é nosso exemplo.


Capítulo 8-10

Quando o reino chega nas vidas das pessoas tudo muda, esses capítulos estão repletos de ações poderosas de Jesus, Curando e mudando a vida das pessoas, mostra também as chamadas e vocações dos apóstolos Apóstolo é uma pessoa que foi comissionada, isto é, enviada por alguém. A palavra “apóstolo” traduz o grego apostolos, que significa “mensageiro” ou “enviado”. O grego apostolos deriva do verbo apostellein, que significa “enviar”, “remeter”, ou num sentido mais específico, “enviar com propósito particular”.

No uso teológico, o termo grego apóstolos muitas vezes é utilizado para designar mensageiros, mas com ênfase em quem o enviou. Sob esse aspecto, o apóstolo representa aquele que o envia, e é investido de autoridade para tal. Dessa forma ele representa a personalidade e a influência de seu mandatário. À parte do uso cristão, esse termo também é empregado no contexto náutico.

A Septuaginta utiliza o grego apostolos para traduzir o hebraico shalah e seus termos derivados. Já no Novo Testamento, esse mesmo termo grego aparece mais de oitenta vezes, principalmente nos escritos de Lucas e Paulo. Isso significa que a palavra apóstolo é aplicada em diferentes contextos e propósitos. De forma geral, pode-se dizer que ela é utilizada tanto num sentido mais amplo como num sentido mais estrito. A palavra “apóstolo” também é aplicada ao próprio Senhor Jesus. O objetivo é indicar que Ele é o enviado por Deus como Salvador de seu povo (Hebreus 3:1-6). Cristo foi enviado para testemunhar do Pai, para fazer as suas obras e a sua vontade, e revelá-lo ao mundo (cf. João 3:34; 5:37-47; 6:38; 7:28,29; 8:42).

Nos capítulos que se seguem os ensinos e milagres dividem os Grupos, o povo exaltando e os líderes religiosos e políticos vendo em Jesus um subversivo, alguém que não se enquadra no “sistema” que rompe com o convencional e por isso deve ser eliminado, em Seus embates Jesus usa parábolas que quase sempre quer demonstrar o antagonismos do sistema hipócrita religioso e falido que vivia o povo com o “Reino de Deus”, e com isso explicar realmente o que é o Reino de Deus e seu “messias”, alguém que vem realmente libertar o homem da prisão do pecado e da miserabilidade humana, em suma não existe ficar em cima do muro quando se trata de Reino.


Nos Capítulos 21 a 25 o antagonismo entre o reino dos homens e o de Cristo só se amplia, Jesus denuncia publicamente toda a sujeira e hipocrisia que o esquema religioso promovia o que leva a uma decisão por parte dos religiosos de matá-lo, essa confusão de reinos estava também entre os discípulos pois havia entre eles disputas internas e preocupação com relação a posições:

“Então se aproximou de Jesus a mulher de Zebedeu, com seus filhos, e, adorando‑o, pediu‑lhe um favor. Jesus lhe perguntou: — O que você quer? Ela respondeu: — Mande que, no seu reino, estes meus dois filhos se assentem um à sua direita e o outro à sua esquerda. Mas Jesus disse: — Vocês não sabem o que estão pedindo. Será que podem beber o cálice que eu estou para beber? Eles responderam: — Podemos. Então Jesus lhes disse: — Vocês beberão o meu cálice. Quanto a sentar à minha direita e à minha esquerda, não me compete concedê‑lo, pois é para aqueles a quem está preparado por meu Pai. Quando os outros dez discípulos ouviram isso, ficaram indignados com os dois irmãos. Então Jesus, chamando‑os para junto de si, disse: — Vocês sabem que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Mas entre vocês não será assim; pelo contrário, quem quiser tornar‑se grande entre vocês, que se coloque a serviço dos outros; e quem quiser ser o primeiro entre vocês, que seja servo de vocês; [28] tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. (Mateus 20:20-28)


Nos capítulos 24 e 25, temos os discursos proféticos, falando sobre o futuro do povo de Israel, que mais tarde veio acontecer basicamente Jesus responde às duas perguntas dos Discípulo:

Jesus saiu do templo e, enquanto caminhava, os seus discípulos se aproximaram para lhe mostrar as construções do templo. Ele, porém, lhes disse: — Vocês estão vendo todas estas coisas? Em verdade lhes digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada. Jesus estava sentado no monte das Oliveiras quando os discípulos se aproximaram dele e, em particular, lhe pediram: — Diga‑nos quando essas coisas vão acontecer e que sinal haverá da sua vinda e do fim dos tempos. (Mateus 24:1-3)


  1. Quando essas coisas ou seja a “destruição do Templo e as assolações de Jerusalém”?

  2. Quais sinais da sua segunda vinda ?

  3. Quais sinais do fim dos tempos?


Então Jesus misturas essas três respostas nesses capítulos 24 e 25, e até hoje é feita também bastante confusão na interpretação desse texto por não serem lidos com o contexto total que o mesmo está inserido.


Os Capítulos 26 a 28 São o ápice da História da Redenção, começando na última páscoa ou Pessach é a Festa da Liberdade, pois comemora a saída do Egito, local onde habitavam por mais de 400 anos, sendo um período como escravos. A travessia dos judeus pelo Mar Vermelho em direção à Terra Prometida simbolizou a passagem da escravidão para liberdade. Desde então, os judeus reúnem-se todos os anos, para celebrar a Páscoa com elementos que relembrem a sua história e os fatos que culminaram na saída do Egito.

Mas Jesus dá um novo significado mostrando que era uma figura para o que eles iam ver o Cordeiro de Deus que tiraria o pecado do mundo e não apenas encobria.



O sinédrio achando que estava vencendo um subversivo estava na verdade cumprindo as escrituras, matando o filho de Deus a maior tragédia da humanidade era também o resgate da mesma, foi em um lugar de maldição que o filho do Homem foi exaltado e seu nome está acima de todo nome. Jesus cumprio a promessa do servo sofredor:


“Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor? Porque foi subindo como um renovo diante dele e como raiz de uma terra seca. Não tinha boa aparência nem formosura; olhamos para ele, mas não havia nenhuma beleza que nos agradasse. [3] Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores e que sabe o que é padecer. E, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o considerávamos como aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado por causa das nossas transgressões e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu próprio caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca. Como cordeiro foi levado ao matadouro e, como ovelha muda diante dos seus tosquiadores, ele não abriu a boca. [8] Pela opressão e pelo juízo, ele foi levado, e de sua linhagem, quem se preocupou com ela? Porque ele foi cortado da terra dos viventes; foi ferido por causa da transgressão do meu povo. Designaram‑lhe a sepultura com os ímpios, mas com o rico esteve na sua morte, embora não tivesse feito injustiça, e nenhum engano fosse encontrado em sua boca. Todavia, ao Senhor agradou esmagá‑lo, fazendo‑o sofrer. Quando ele der a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos. Ele verá o fruto do trabalho de sua alma e ficará satisfeito. O meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si. Por isso, eu lhe darei a sua parte com os grandes, e com os poderosos ele repartirá o despojo, pois derramou a sua alma na morte e foi contado com os transgressores. Contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu. (Isaías 53:1-12 NAA)”


No final do Livro Jesus ressuscita, o túmulo está vazio e Jesus agora não mais é o servo sofredor mas o Rei dos Reis e Senhor dos senhores não pede e nem sugere mas determina e comissiona: “Os onze discípulos partiram para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes havia designado. E, quando viram Jesus, o adoraram; mas alguns duvidaram. Jesus, aproximando‑se, falou‑lhes, dizendo: — Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando‑os a guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês. E eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos.” (Mateus 28:16-20 NAA).

Introdução ao evangelho segundo Marcos

Quero começar essa introdução trazendo outra afirmativa: os Evangelhos não são biografias, mas o anúncio da salvação de Deus através de Cristo através de fatos escolhidos dos autores do Evangelho sobre a vida de Jesus, o que ele falou e fez.


Segundo a tradição é o Evangelho mais antigo, um historiador da Igreja Primitiva chamado Papias Relata que Marcos Coletou as memórias de Pedro(seu companheiro), Marcos também foi um colega de Paulo.

A única vez que Marcos fala o que pensa é exatamente no primeiro Verso “Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus”; e como assim como João faz essa declaração sobre o Cristo, mas não estende nessa doutrina e sim apresenta inúmeros ações e palavras de Jesus.

O evangelho de Marcos é Jesus em ação, Jesus está sempre pregando, curando… são 18 Milagres relatados e apenas 4 Parábolas.

Aquela que se encontra na Babilônia, também eleita, manda saudações, e o mesmo faz o meu filho Marcos. (1 Pedro 5:13)


Aristarco, que está preso comigo, manda saudações; e também Marcos, primo de Barnabé. A respeito dele vocês já receberam instruções; se ele for até aí, recebam‑no bem. (Colossenses 4:10)


O Evangelho de Marcos e disposto como um peça de teatro em três atos:

Ato 1 | Na Galileia | Jesus aparece e surpreende a todos “Quem é Jesus ?”.

Ato 2 | A Caminho de Jerusalém | Os discípulos se questionam o que significa ser messias ?

Ato 3 | Em Jerusalém | Paradoxo de como Jesus Se Torna REI.


  • A surpresa para todos: Quem é esse Jesus ?

  • Marcos Começa citando Isaías e Malaquias se referindo a João Batista como a Voz do que clamam nos desertos e o mensageiro que preparará o caminho.

  • Marcos faz um resumo da mensagem de Jesus: (“Ele dizia: — O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo; arrependam‑se e creiam no evangelho. (Marcos 1:15 )

  • Jesus traz o Reino Curas, Libertação e Perdão de Pecados.

  • Respostas divergentes: Surpresa pela sua sabedoria, alegria por seu poder e Questionamentos e oposição pois para os religiosos Só Deus Perdoa pecados então alguns dizem até que seu poder veio das trevas.

  • As Parábolas para explicar o Reino de Deus. o que até para os discípulos era muito difícil de entender o Reino Invertido cujos valores eram tão antagônicos em relação ao sistema de valores humanos.

  • O paradoxo da Idéia de Messias para Pedro e Para Cristo, pois para Pedro o Messias era o Rei vitorioso mas conforme Isaías 53 Jesus é o Servo Sofredor. Que trará o Governo de Deus entregando sua vida e não Fama e poder e Status.

  • Mais dois diálogos assim #2 (9:30-37) e #3 (10:32-45) que se resume em: “O filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos”.

  • A Transfiguração assim como Deus no Sinai apareceu a Elias e MoisésJesus é a própria personificação da Glória de Deus, o Deus que vai sofrer pelo seu povo e o Filho amado e Unigênito de Deus.



  • Jesus entra triunfante em Jerusalém, afirma sua autoridade e debate ferozmente contra a hipocrisia dos líderes religiosos.

  • Enquanto os discípulos fascinavam com o templo, Jesus previu sua queda e sua perseguição ainda naquela geração.

  • A semana segue para a última páscoa com seus discípulos.

  • As Trevas com a Morte do Filho do Homem e por ironia não é um religioso e nem o discípulo de Jesus mais um Soldado ROMANO que declara que Jesus é o FILHO DE DEUS.

  • Nos originais mais antigos o livro termina exatamente com esse versículo: “E, saindo elas, fugiram do sepulcro, porque estavam tomadas de temor e assombro. E não contaram nada a ninguém, porque estavam com medo. (Marcos 16:8 )”.


  • O livro nos originais mais antigos é finalizado com os discípulos com medo e confusão, esse final abrupto pode ter sido intencional, que nos leva ao questionamento, fugiremos como os discípulos ou reconheceremos a Jesus como Rei e proclamaremos suas boas novas.


Introdução ao Evangelho segundo Lucas

Este é o Maior e mais completo relato da Vida de Jesus, sobre a infância, juventude, vida, ministério, morte, ressurreição e ascensão, Lucas mostra a aliança não só de Deus com Israel mas com o mundo inteiro.

Mostrando que Jesus é o Homem perfeito, o nascimento sendo um milagre, mostrando Jesus sempre em Oração, Jesus sempre cuidando dos marginalizados, a escória da sociedade e excluídos dos moralistas foi muito amado por Cristo.

O caráter da Salvação Universal é evidenciado pelo Médico amado, Lucas não economiza nas parábolas mostrando assim as riquezas eternas e ocultando-as também dos que pela arrogância não quiseram enxergar.

A Singularidade desse livro está tanto no conteúdo como no estilo e o próprio Grego é refinado tornando-se uma obra-prima literária.

O seu Autor escreveu com uma mente aberta de um historiador extremamente meticuloso, foi o único gentio escritor do Novo Testamento e também da Bíblia as três vezes que seu nome citado como médico, cooperador e companheiro:

Lucas, o médico amado, e também Demas mandam saudações. (Colossenses 4:14 )

Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus colaboradores, mandam saudações a você. (Filemom 24)

Somente Lucas está comigo. Encontre Marcos e traga‑o junto com você, pois me é útil para o ministério. (2 Timóteo 4:11).


Lucas foi um fiel cooperador e companheiro de Paulo se juntou a ele em Trôade:

Assim que Paulo teve a visão, imediatamente procuramos partir para aquele destino, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o evangelho. (Atos 16:10)

Estes nos precederam, ficando à nossa espera em Trôade. (Atos 20:5)


Não abandonou Paulo quando este foi preso em Jerusalém:

Quando chegamos a Jerusalém, os irmãos nos receberam com alegria. (Atos 21:17)




Acompanhou Paulo na prisão em Cesaréia e em Roma:

Uma vez em Roma, Paulo recebeu permissão para morar por sua conta, tendo em sua companhia o soldado que o guardava. (Atos 28:16)



Estava com o mesmo na segunda viagem missionária:

Somente Lucas está comigo. Encontre Marcos e traga‑o junto com você, pois me é útil para o ministério. (2 Timóteo 4:11)


Lucas também escreveu Atos, e claro que é a sequência lógica dos fatos, tendo em vista que o mesmo ele vivenciou juntamente com Paulo parte do enredo.

O Destinatário chamado Teófilo cujo significado é amigo de Deus, provavelmente era alguém Grego de alta posição social, ou um Romano convertido ao Evangelho, existe também a questão cultural que nos informa que o custo de um livro era algo muito dispendioso, e que Lucas dedica o livro ao seu padrinho do livro que financiou o processo de confecção e distribuição algo comum no mundo antigo.


[Cap 1 e 2] O Paralelo nas Histórias dos nascimento de Jesus e João batista, tem similaridades, ambos ecoam Hinos de adoração, ambos são milagres uma virgem desposada e um casal de idosos, um é o arauto e o outro é o Rei, cumprindo promessas do AT de Salvação para todo o Mundo.


[Cap 3 e 4] Após o Batismo de Jesus, Lucas apresenta a Genealogia, mas diferente de Mateus que apresenta a genealogia até Abraão mostrando a promessa messiânica para a nação de Israel Lucas vai além vai até Adão, mostrando o aspecto da promessa para todas as nações e não apenas o povo eleito. cumprindo assim a promessa feita a Abraão que nele ou melhor por meio da sua semente seriam benditas todas as família da terra fator universal da promessa e não apenas tribal.


O começo do ministério na Galiléia (4:12-17) logo após a prisão do seu Arauto João batista, que agora sai de cena Jesus inicia seu ministério e pregação de Jesus era clara e límpida:

...— Arrependam‑se, porque está próximo o Reino dos Céus. (Mateus 4:17 )


Imagine a cena, todos os sábados naquela sinagoga era estudado as escrituras tudo focava na promessa do messias, e em um sábado o filho do carpinteiro José e de Dona Maria recebe a Honra de ler um trecho das escrituras o livro de Isaías 61.

O Espírito do Senhor Soberano está sobre mim, pois o Senhor me ungiu para levar boas-novas aos pobres. Ele me enviou para consolar os de coração quebrantado e para proclamar que os cativos serão soltos e os prisioneiros, libertos.


Isaías 61:1


Conforme Levítico 25 o ano do jubileu, os escravos eram libertos, os endividados eram perdoados, era isso que o Rei dos Reis estava trazendo liberdade e perdão, os pobres, que também pode ser interpretado como os forasteiros e marginalizados têm agora vez no Reino de Deus.


  • Lucas destaca a queda de barreiras sociais e étnicas exemplos:

  • Grande Comissão (24.47)

  • Interesse pelos pobres (2.24;7.22;16.19-31)

  • Jesus amigo de pecadores (7.36-50)

  • O Filho pródigo (15.11-32)

  • Zaqueu um ladrão arrependido (23.43)

Em suma Jesus veio salvar a todos e a ênfase em Lucas é Perdidos, marginalizados, Mulheres, Doentes, impuros, pobres, publicanos ricos e gentios.


[Cap 9.46-48] O maior no Reino de Deus: Jesus percebe que os próprios discípulos não tinham idéia do Reino de Deus, e estavam confundidos com o reino deste mundo, que é baseado em poder fama, posição sociais e conveniências estratificadas de ornamentos sociais, e coloca no colo uma criança para dar o exemplo de importância, com certeza esse reino é Invertido mesmo.

Mais adiante Jesus combate o Exclusivismo de João quando proíbe um seguidor de Jesus que não fazia parte do círculo fechado de discípulo e estava expulsando demônios em nome de Jesus (vv 50) .

[Cap 10] Jesus ensina na prática que seguir a Jesus é andar na sua missão é viver o seu mandato em detrimento da nossa própria vontade enviando 70 discípulos.


Confiança em Deus é ensinado no [Cap 11] Jesus ensina a Oração ao Pai e também sobre o trato com Dinheiro, posses.


  • Lucas 9–14. Os Doze Apóstolos são enviados a pregar o evangelho e a curar. Jesus Cristo alimenta mais de 5 mil pessoas e é transfigurado em uma montanha. Ele chama os setenta e envia-os a pregar. Ele ensina sobre discipulado, hipocrisia e julgamento. Ensina a parábola do bom samaritano.


  • Lucas 15–17. Jesus Cristo ensina por parábolas. Ele ensina sobre ofensas, fé e perdão. Ele cura 10 leprosos e ensina sobre a Segunda Vinda.


  • Lucas 18–22. Jesus Cristo continua a ensinar por parábolas. Jesus cura um cego e ensina Zaqueu. Ele entra triunfante em Jerusalém, chora pela cidade e purifica o templo. Ele prevê a destruição de Jerusalém e descreve alguns dos sinais que precederão Sua Segunda Vinda. Ele institui o sacramento, ensina Seus apóstolos e sofre no Getsêmani. Ele é traído, preso, ridicularizado, ferido e interrogado.


  • Lucas 18–22. Jesus Cristo continua a ensinar por parábolas. Jesus cura um cego e ensina Zaqueu. Ele entra triunfante em Jerusalém, chora pela cidade e purifica o templo, Ele chora pois sabia que sua rejeição traria anos mais tarde uma revolta que culminaria na queda de Jerusalém . Ele prevê a destruição de Jerusalém e descreve alguns dos sinais que precederão Sua Segunda Vinda. Ele institui o sacramento, ensina Seus apóstolos e sofre no Getsêmani. Ele é traído, preso, ridicularizado, ferido e interrogado.

As tropas romanas do general Tito tomam a cidade de Jerusalém. Em 8 de setembro de 70, o Templo é incendiado e os habitantes são deportados como escravos. O Templo, construído por Salomão em 970 a. C. e reconstruído por Herodes em 19 a. C., era o símbolo e o centro do poder religioso e político dos judeus.

Somente o muro ocidental de sustentação da esplanada do Templo permanece em pé. Seria chamado mais tarde de “O Muro das Lamentações”. A destruição do Templo constitui de resto um elemento determinante para a religião cristã, que se separa então, cada vez mais, de suas origens judaicas.


Lucas 23–24. Jesus é julgado diante de Pilatos e Herodes, é crucificado e sepultado. Os anjos no sepulcro e dois discípulos na estrada de Emaús testificam que Jesus ressuscitou. Salvador aparece a Seus discípulos em Jerusalém, promete a Seus apóstolos que eles receberão o poder de Deus e ascendem ao céu. Lucas termina o evangelho iniciando uma nova fase, a fase da Igreja, pois a história é continuada em Atos.

Essa Obra além da apostolicidade Pois Lucas andou com Paulo e Conheceu outros apóstolos juntamente com seu segundo volume Atos é sem dúvida uma obra prima do Espírito Santo de Deus dando uma visão ampla do ministério de Cristo e de sua Igreja.

Introdução ao Evangelho segundo João

Chegamos ao livro de João, é tão intrigante que não pode ser visto com um mesmo olhar que os outros por isso que não pode ser classificado como Sinóptico é mais um tratado teológico, há fortes indícios que João estava combatendo a heresia gnóstica, por isso João está desafiando os leitores a deslumbrarem a encarnação: Deus em carne humana.



O livro é profundo e muito espiritual nesse livro Jesus mostra de si e ao mesmo tempo do Pai. No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. (João 1:1). A sua Pessoa e atributos “Eu sou o Cristo”; A Sua divindade e discursos profundos: com Nicodemos, a Samaritana, com os Judeus na festa dos Tabernáculos, a Parábola do bom Pastor, a Oração intercessória todos esses exemplos mostram a alta cristologia de João.

Há sempre um sinal, uma afirmativa e um divisão alguns acreditam outros se enfurecem. até porque João se dedica muito no objetivo de Jesus é o filho de Deus e sendo assim crendo tenhamos vida eterna.



O Prólogo ressalta algo profundo o verbo eterno encarnou o nível alto e único da Teologia de João afirma Jesus é Plenamente Deus em forma humana, isso é o que exatifica “encarnação”.


Ninguém jamais viu a Deus. O Deus* unigênito, que está ao lado do Pai, foi quem o revelou. (João 1:18 AS21)”


Verbo era um termo que tinha amplo significado tanto para Judeu como para Gregos, para os Helenicos significava “principio racional de todas as coisa” tudo tem origem no logos todo universo era regido por Ele. Para os Judeus era referência a Jeová, e João vai além pois Ele estava com o Pai e distinto do Pai em pessoa mas de mesma essência “tudo” foi feito por meio DEle e nada fora dele poderia ser criado.


No princípio era o Verbo|Ἐν ἀρχῇ ἦν ὁ λόγος|, e o Verbo estava com Deus|καὶ ὁ λόγος ἦν πρὸς τὸν θεόν|, e o Verbo era Deus|καὶ θεὸς ἦν ὁ λόγος. (João 1:1 AS21 | SBL)


Dos varios titulos que os Versos 19-51 um eu queria destacar o Titulo “Filho do Homem”, Jesus enfatiza isso a Natanael e João registra ...— Em verdade, em verdade lhes digo que vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem(João 1:51). termo conhecido pelos Judeus referente a profecia de Daniel:


“Eu estava olhando nas minhas visões da noite. E eis que vinha com as nuvens do céu alguém como um filho do homem. Ele se dirigiu ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. Foi‑lhe dado o domínio, a glória e o reino, para que as pessoas de todos os povos, nações e línguas o servissem. O seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.... (Daniel 7:13-14 NAA)


e um dia João vai contemplar esse significado pleno em apocalipse:

Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro e na mão uma foice afiada…” (Apocalipse 14:14).


Em Apocalipse 4:7-7 temos a descrição de quatro seres viventes “O primeiro ser vivente era semelhante a um leão, o segundo era semelhante a um novilho, o terceiro tinha o rosto semelhante ao de ser humano e o quarto ser vivente era semelhante à águia quando está voando. [8] E os quatro seres viventes, tendo cada um deles, respectivamente, seis asas, estavam cheios de olhos, ao redor e por dentro. Não tinham descanso, nem de dia nem de noite, proclamando: “Santo, santo, santo é o Senhor Deus, o Todo‑Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir.”


Foi São Jerônimo quem começou a tratar os evangelistas da forma como são tratados hoje. São Gregório Magno explica Mateus é corretamente simbolizado pelo homem porque ele inicia com a geração humana; Marcos é corretamente simbolizado pelo leão, porque inicia com o clamor no deserto; Lucas é bem simbolizado pelo bezerro, porque começa com o sacrifício; João é simbolizado adequadamente pela águia, porque começa com a divindade do Verbo, dizendo: 'No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus, e o Verbo era Deus' (Jo 1, 1), e assim tem em vista a substância divina, fixando o olhar no sol à maneira de uma águia." João realmente foi audaz e olhou para as profundezas da Glória viu Cristo como cordeiro mas teve também o privilégio de o vê-lo como Ele é Senhor dos Senhores, Alfa e ômega.


Jesus nos capítulos 2 a 4, trabalha 4 instituições muito importantes para o povo Judáico: um Casamento, o Templo, o Ensino dos Rabinos e o Poço tão emblemático símbolo da provisão de Deus para o povo peregrino.

A água que seria usada para purificação foi tornada em vinho, assim como o sangue de Cristo que derramado pela humanidade purificou-nos de todo pecado, a Festa que poderia ter terminada em vexame e tristeza agora tinha vinho novo, assim como acontece conosco livres do pecado gozamos de verdadeira alegria que excede todo entendimento.

Na purificação do Tempo (2.12-25) Jesus mostrou sua indignação pela conduta hipócrita que nada se diferenciava do mundo, ganância, poder, corrupção, a religião tinha se tornado um meio de vida e riqueza, o sistema de venda de animais era algo que a priori tinha uma visão altruísta afinal pessoas de várias partes do mundo antigo viajam dias e trazer um animal para o sacrifício era dispendioso e muitas vezes inviável, então se comprava lá mesmo no templo mas isso se tornou um meio de avareza usura e corrupção uma verdadeira zombaria a santidade do templo do Senhor, Jesus mostrou quem Ele era o Senhor daquele lugar e de quebra informou sobre sua morte e declarou quem seria seus algozes os próprios religiosos, mas não seria o fim, Aquele que tem todo poder ressuscitaria pelo seu próprio poder ao terceiro dia.

Quando o mestre Nicodemos foi a noite falar com Jesus, o mestre mostrou que o objetivo de Deus nunca foi destruir o mundo mais salvá-lo, contudo é preciso ter fé para se chegar a Deus, e Nascer de Novo(3.3) não é um opção é necessidade e esse nascer de Novo é fruto da Graça, nada que nicodemos pudesse fazer o tornou apto da Eternidade, sua religião, sua disciplina religiosa, seu pudor, conhecimento das escrituras nada, todo o querer quanto o efetuar vem de Deus e esse processo é através do Espírito Santo, não é algo como “concordar intelectualmente” mas colocar todo nossa vida e confiança em Deus.

Agora vou direto ao ponto todos conhecem a história da Samaritana no poço, o foco é claro no ministério de Jesus Salva, mas para que isso ocorra deve haver arrependimento, então Jesus nessa história promove a tomada de consciência, e só a partir daí o processo começa, a Samaritana se defendeu com seu preconceito, mas Jesus chegou com Seu amor, revelou a doença mas chegou com cura, mostrou a ferida mas passou o bálsamo, enquanto não há reconhecimento de miserabilidade não há mudança de vida, Jesus é fonte de vida: “ ...— Se você conhecesse o dom de Deus e quem é que está lhe pedindo água para beber, você pediria, e ele lhe daria água viva. (João 4:10)”.


[cap 5.16-30] Jesus cura num sábado, aí os Judeus começaram a perseguir Jesus, a religiosidade tem um triste tendência de distorcer a vontade de Deus na Vida daqueles que foram para Deus e não alheio a Ele e seu amor, afinal os atos exteriores são bem menos importantes do que nossas posturas interiores, afinal quando nosso interior é moldado ao caráter de Deus através de seu Espírito nosso exterior Brilhar sua Glória, Quando Jesus foi repreendido ele afirmou “ Que seu Pai fazia igual a Ele” (5.18), são 7 assertivas que deixaram os Fariseus sem respostas:


  1. O filho só faz por causa do Pai (5.19,30)

  2. O Pai ama o Filho e revela tudo a Ele (5.20)

  3. O poder da Vida é dos dois pai e filho (5.21)

  4. Deus deu ao filho todo o poder de Julgar (5.22)

  5. O filho Tem a Mesma Honra que o Pai Tem (5.23)

  6. Quem crer nas Palavras do Filho ganha vida Eterna(5.24)

  7. O Fim virá por meio do Filho(5.25-30)


Diante disso e fazendo a aferição no seu monoteísmo radical os Judeus, essas afirmativas de Jesus foram interpretadas como a pior blasfêmia que alguém já falou, afinal Jesus estava proclamando que era Deus em forma humana.

Farei uma rápida explicação sobre os grupos religiosos que Jesus teve contato, no contexto neotestamentário existiam basicamente duas áreas de pensamento e costumes religiosos o Judaísmo e a Cultura Helenista, o desenvolvimento principalmente dos Judeus desde a época de Esdras, e com a destruição do Templo culminou num pensamento que precisam manter-se fiel a Jeová, sem uma dependência do Templo isso vem exatamente da interpretação do texto que fala sobre a obediência:

“Porém Samuel disse: Tem, porventura, o SENHOR tem tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros.” (1 Sm 15:22).


A obediência dependia do conhecimento da lei surge então a sinagoga onde a partir de 10 Judeus já se podia inaugurar, e do aperfeiçoamento dessa liderança vem o Sinédrio, e posteriormente a classe Sacerdotal desenvolve um partido chamado Saduceus, acontece que após o período dos Macabeus essas instituições foram se deteriorando apesar de fortes eram apodrecidas pela demagogia e hipocrisia, sincretizadas por conta dos conchavos políticos era como o profeta João falou uma “raça de Víboras".



[Cap 11:1-16] Lázaro era Irmão de Maria e Marta, Maria a mulher que derramou um perfume sobre os seus pés e enxugou com seus cabelos(12.3) esses tres eram muito receptivos com Jesus e o mestre os amava muito. Quando soube que Lázaro estava doente Jesus demorou dois dias pois o milagre não era pra ser de uma enfermidade era para mostrar que Jesus é a ressurreição e a vida, outro fator aqui é que havia muitas pessoas querendo matar Jesus e os discípulos insistiram para Jesus não ir, inclusive o Tomé de forma um pouco malcriada afirmou “Então Tomé, chamado Dídimo, disse aos outros discípulos: Vamos nós também para morrer com ele. [11:16].




[Cap 13-17] Quem já participou de uma “aula da Saudade” sabe quanto emotivo é, bem Jesus Está se despedindo, Ele sabia que sua horrenda morte está próxima, contudo aquele que deveria está sendo confortado conforta, aquele que precisava de apoio apoia, aquele que precisava ser servido serve. Como um servo do menor nível possível Jesus lava os pés empoeirados dos seus Discípulos(13:1-18) mostrando na prática mais um vez o caráter invertido do Reino de Deus e no fim ordena: Se eu, Senhor e Mestre, lavei os vossos pés, também deveis lavar os pés uns dos outros. Pois eu vos dei exemplo, para que façais também o mesmo. vv1 4-15. nossa Carreira não é de executivo que começou de baixo mais perseguiu a fama e termina no maior status social mas é a carreira de um soldado que luta e tem a honra de dar toda sua existência pelo seu Senhor.

Após revelar coisas bem triste a Traição e abandono por seus amigos Jesus Consola: “Não se perturbe o vosso coração. Crede* em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vos teria dito; pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim, para que onde eu estiver estejais vós também. [14:1-3] Ele fez uma promessa pela qual vivemos, nos movemos e ansiamos, nada neste mundo nenhuma conquista nos satisfaz, pois nossa satisfação plena não é preenchida por nada que esteja aqui tudo já está preparado e no fundo cada um de nós sabe disso nossa montanha russa de emoções é por conta dessa insatisfação de estamos longe de casa.

Como a marca dos discípulos de Jesus é o amor, é como amor genuíno não é da natureza humana caída no [Cap 14:15-31], nos promete o “consolador” e é a primeira vez que o Espírito Santo tem proeminência e um ensino, João o Chama de “conselheiro”, presente sempre conosco o próprio livros de Atos é conhecido como “Atos do Espírito” mostrando como o mesmo foi protagonista da Obra de Cristo na Terra, e até hoje é assim, convence o homem do pecado da justiça e do Juízo, e nas horas mais difíceis está sempre ao nosso lado, guiando, capacitando sempre e para sempre.

Nada Seria Fácil e Jesus deixa isso bem claro em [Cap 15:18-27; 16:1-33] as palavras de Jesus são de alerta e consolo, perseguições e todo tipo de dificuldades, mas o Consolador estaria ao lado, lutas surgiriam mas Ele nunca nos deixará só.



Nos Capítulos 18-20, como nos demais Evangelistas João fala sobre a Morte e Ressurreição, mas eu queria focar no último episódio narrado por João um desfecho primoroso Jesus aparece de novo, os discípulo tinhas saído da Judéia e voltado para a Galiléia, de discípulos de um mestre reconhecido e rodeado por multidões a amigo de um condenado à morte, com certeza Frustrados, eles voltaram mais uma vez a seu ofício de pescadores: “Depois disso, Jesus apareceu outra vez aos discípulos, junto ao mar de Tiberíades,* do seguinte modo: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael, de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois dos seus discípulos. E Simão Pedro lhes disse: Vou pescar. Eles responderam: Nós também vamos contigo. Então foram e entraram no barco, mas naquela noite nada apanharam.” [João 21:1-3]; a história é conhecida houve um milagre de pescaria e Jesus Chama o discípulo que o Negou nesta oportunidade e lhe faz uma pergunta simples mais profunda ao extremo:“Depois de terem comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes[...ἀγαπᾷς με πλέον τούτων…] ? Ele respondeu: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. [.Ναί, κύριε, σὺ οἶδας ὅτι φιλῶ σε ] Jesus lhe disse: Cuida dos meus cordeiros. João 21:15. Isso Se repete por três vezes na Terceira Jesus usa o mesmo termo φιλῶ (philéo) usado na resposta de Pedro e não o ἀγαπᾷς (agapáo) das duas perguntas iniciais. em Suma a Palavra traduzida amar ἀγαπᾷς (agapáo), se refere ao amor que envolve Vontade e a Personalidade você me ama com todo sua vontade e com todo teu Ser ? já o segundo tipo de amor φιλῶ (philéo) justificado na Terceira pergunta tem haver mais às emoções que a vontade. quando disse que foi profunda a pergunta é porque abrange todo nosso ser Vontade, Personalidade e Emoções, o que fazemos somos e sentimos tudo isso entregamos ao nosso senhor, Jesus nos quer por completo, a religião te quer em partes, sugere um modo de vida mas Jesus nos quer por inteiro Ele nos dá outra vida.

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