Introdução
Ao longo das Escrituras, encontramos uma conexão inegável entre adoração e guerra espiritual.
Na verdade, a adoração genuína a Deus não é apenas um ato de louvor e gratidão, mas também é um meio poderoso de envolvimento e vitória nas batalhas espirituais que enfrentamos.
No relato de Josafá em 2 Crônicas 20, vemos claramente esse fato, pois diante de uma ameaça iminente e avassaladora, Josafá e todo o povo de Judá escolheram buscar a Deus em adoração e oração.
Eles reconheceram que sua força não estava em suas próprias habilidades ou recursos, mas na grandeza e no poder do Senhor.
Ou seja, a adoração é uma expressão da nossa dependência de Deus.
Ela nos coloca em uma posição de humildade e reconhecimento de que precisamos de auxílio e intervenção divina!
I. Josafá enfrentou quedas mas se Arrependeu e Buscou ao Senhor
Josafá foi o 4º Rei do Reino do Sul, seu nome significa “Deus é Juiz”, e ele era filho do piedoso Rei Asa.
Desde o início de seu reinado, Josafá se esforçou nos caminhos do Senhor, enviando homens para ensinar a Palavra de Deus por toda tribo de Juda.
Como resultado, o temor do Senhor caiu sobre as nações ao redor e houve paz na terra.
Porém, é interessante observar que, mesmo sendo filho do rei Asa, um homem piedoso e fiel a Deus, Josafá não estava imune às tentações e influências negativas ao seu redor.
Sua aliança com Acabe, um rei ímpio de Israel, foi um exemplo desse desvio momentâneo. (leia 2 Crônicas 18)
Essa aliança colocou em risco a sua comunhão com Deus e trouxe consequências negativas para o seu reinado.
No entanto, o exemplo de Josafá também nos mostra o poder do arrependimento e da busca por Deus.
Ao reconhecer seu erro e voltar-se para o Senhor, Josafá demonstrou humildade e desejo de restauração. Ele não permitiu que sua falha definisse sua vida, mas escolheu buscar a reconciliação com Deus.
Por isso, independentemente das nossas fraquezas e desvios, creia que sempre há espaço para o arrependimento e para a restauração em Cristo. II. Uma Nação em Desespero (2 Crônicas 20:1-3)
Anos mais tarde, Josafá e seu povo enfrentaram um grande ataque das nações ao redor, incluindo os moabitas, amonitas e sírios.
O versículo 3 diz claramente que ‘Josafá temeu’, mas ao invés de buscar alianças humanas, ele decidiu buscar ao Senhor.
O exemplo de Josafá nos ensina que não há nada de errado em ter medo. Aliás, o medo é uma emoção humana natural diante de situações ameaçadoras.
No entanto, o que fazemos com esse medo é crucial.
Josafá escolheu não permitir que o medo o paralisasse, mas usou-o como uma motivação e convocou um jejum e reuniu o povo para orar e buscar a ajuda do Senhor.
Ao tomar essa atitude, Josafá demonstrou sua confiança no poder e na intervenção divina.
A. O poder de um povo humilhado diante de Deus (2 Crônicas 20:4-13)
Os versículos citados acima retratam de fato um culto de adoração poderoso liderado pelo rei Josafá.
Nessa passagem podemos imaginar a cena de um líder nacional conduzindo a nação em oração e louvor a Deus.
Junto a toda tribo, Josafá reconheceu quem Deus é, Sua natureza e caráter. Ele louvou ao Senhor por Sua grandeza, poder e fidelidade demonstrados ao longo da história.
Ao fazer isso, Josafá estava se lembrando das promessas e dos atos antepassados de Deus, fortalecendo sua fé e confiança em Seu poder.
Portanto a adoração verdadeira é, de fato, uma admissão de nossa dependência de Deus.
É um ato de humildade e submissão, reconhecendo que não podemos fazer nada significativo sem a intervenção e a graça divina. B. A Mensagem Encorajadora de Deus através do profeta (2 Crônicas 20:14-17)
No relato de 2 Crônicas 20, vemos que Deus respondeu às orações do povo de Judá através da boca de um profeta chamado Jaaziel.
A mensagem de Deus foi clara e poderosa: “Não tenha medo nem desanime por causa desta grande multidão, pois a batalha não é sua, mas de Deus.”
Essas palavras foram um lembrete do poder soberano do Senhor e de Sua disposição em lutar em favor de Seu povo.
Ao transmitir essa profecia, Deus também deu uma instrução específica: “Nesta batalha não tereis que pelejar; ficai parados, e vede a salvação do SENHOR para convosco, ó Judá e Jerusalém.”
Essa ordem peculiar ia contra a lógica humana, pois o normal seria se preparar para a batalha e lutar. No entanto, Deus estava ensinando uma lição fundamental de confiança e dependência nEle.
C. A Vitória Através da Adoração (2 Crônicas 20:18-24)
Num momento crucial da batalha, Josafá e os homens de Judá se prostraram diante do Senhor em adoração.
Nesse momento a adoração se tornou sua única arma, pois reconheciam que a vitória não viria por meio de suas próprias forças, mas pela intervenção divina.
A resposta de Deus à essa adoração foi extraordinária.
Lemos que enquanto eles louvavam, o Senhor armou emboscadas contra seus inimigos.
D. As Bênçãos de Deus (2 Crônicas 20:25-30)
A vitória que Deus concedeu a Josafá e ao povo não foi apenas uma vitória militar, mas também uma vitória espiritual que trouxe abundantes bênçãos e despojos.
Deus não apenas derrotou seus inimigos, mas também lhes permitiu desfrutar das riquezas que foram deixadas para trás. A quantidade de despojos era tão grande que levaram três dias para coletar tudo…
Ao dar o nome de “O Vale de Berachah” ao campo de batalha, Josafá e seu povo reconheceram que aquela não era apenas uma vitória comum, mas um lugar onde as bênçãos de Deus se manifestaram de maneira extraordinária.
O nome “Berachah” ressalta a generosidade de Deus e Sua capacidade de trazer abundância e prosperidade mesmo em meio às lutas e dificuldades. III. Aplicação Prática de 2 Crônicas 20
A. A adoração nos concentra na vontade do Senhor.
Quando nos envolvemos em verdadeira adoração, direcionamos toda a nossa atenção e coração para o Senhor.
Pois a adoração autêntica nos leva a render nossos pensamentos, desejos e ações à obediência a Cristo…
Além disso, a adoração genuína nos leva a uma consciência renovada da santidade de Deus.
Ou seja, quando estamos verdadeiramente envolvidos na adoração, somos transformados e somos capacitados a rejeitar os caminhos do pecado.
Então não podemos adorar a Deus e, ao mesmo tempo, vivermos em pecado.
B. A adoração traz a vitória.
A história de Josafá em 2 Crônicas 20 é um poderoso exemplo de como a adoração conduz à vitória.
Olhando para a Bíblia, vemos inúmeros exemplos de como a adoração trouxe vitória na vida dos crentes.Israel testemunhou o poder de Deus quando adoraram antes de entrar na Terra Prometida.
Pedro experimentou a vitória sobre o medo e o fracasso quando adorou a Jesus.
Paulo e Silas foram libertos da prisão enquanto adoravam ao Senhor em meio às dificuldades.
Portanto, não importa as lutas e desafios que enfrentamos, a adoração é um caminho certeiro para a vitória.
Assim como aconteceu na vida de Josafá e de tantos outros personagens bíblicos, a adoração será uma fonte de vitória e transformação em nossas vidas.
Conclusão do Esboço de Pregação sobre Josafá
Nesta mensagem poderosa sobre Josafá, aprendemos um valioso segredo para alcançar a vitória em nossa vida – a adoração.
A história do rei Josafá nos mostra que quando nos humilhamos diante de Deus e buscamos a Sua presença por meio da adoração sincera, Ele intervém em nossas batalhas e nos conduz à vitória.
Não importa qual seja a situação em que nos encontramos, podemos buscar a Deus com sinceridade, confiando que Ele nos fortalecerá e nos guiará através de cada batalha.
Portanto, convido você a se comprometer com uma vida de adoração fervorosa.
Dedique tempo para louvar a Deus, não apenas nos momentos de dificuldade, mas em todos os aspectos da sua vida.
Que a adoração se torne a chave para a sua vitória, levando-o a experimentar a presença poderosa de Deus em cada área da sua existência.
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