Por Abner Ferreira
Evangélicos não são traficantes, assim como — e a grande imprensa
dita “progressista” pode desistir que não me convence do contrário — os
evangélicos jamais apregoaram a intolerância e o preconceito, mesmo com
as exceções costumeiras. Falo caros leitores, da denúncia da Comissão de
Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) feita ao Ministério Público do
Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), de que “traficantes evangélicos” (uma
definição que beira o mais vil preconceito religioso), estão proibindo
em Vaz Lobo e em Vicente de Carvalho, na zona norte do Rio, que
religiões de matriz africana mantenham seus cultos nas comunidades.
Este órgão, Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), está
pedindo a instauração de inquérito, pois vários centros espíritas
estariam sendo invadidos por pessoas que dizem ser do tráfico, ou — se traficantes não são — que dizem ser evangélicos,
expulsando fiéis e ameaçando pessoas por usarem roupa branca. Vejam lá!
Mais parece História da Carochinha. Ou ainda: mais um golpe da
militância anticristã. Talvez: a militante favorável à descriminação das
drogas tenta convencer as autoridades que até evangélicos se beneficiam
com o tráfico. Quanta calunia e mentira! Quanta ignorância e
malignidade em um só tema. Sigamos ao ponto.
São incompatíveis estas duas realidades: o fato do sujeito ser
traficante e, ao mesmo tempo, evangélico. Aliás, não existe qualquer
possibilidade de um evangélico ter qualquer tipo de ligação com o
tráfico. Ou ainda: Jamais Deus livraria um político corrupto de ser
cassado. São falácias e ignorâncias absurdas. Sou reacionário em
qualquer tema que abranja os costumes éticos sociais e a moral cristã.
Aliás, entendo que os cristãos são reacionários e contramajoritários em
qualquer tema progressista na imprensa atual. Nosso guia de fé e prática
é a Bíblia Sagrada.
São os evangélicos quem mais lutam para impedirem a legalização das
drogas no novo Código Penal. Que fique claro: evangélico não é
traficante e líder cristão não tem qualquer ligação com criminoso. Esta
história de que o Ministério Público poderá convocar os pastores e
integrantes de religiões afro, das localidades que supostamente estaria
ocorrendo o fato, para fazerem um Termo de Ajustamento de Conduta (TACs)
mais parece campanha visando difamar, injuriar e caluniar a igreja
evangélica no Brasil. Quem sabe o Ministério Público está sendo
instigado e insuflado a pretender instaurar uma perseguição evangélica
no Rio, visando tentar barrar o crescimento das igrejas evangélicas
brasileiras.
Explico: as TACs são documentos assinados por partes que se
comprometem, perante os procuradores da República, a cumprirem
determinadas condicionantes, de forma a resolver o problema que estão
causando ou a compensar danos e prejuízos já causados. Quais os danos
que, comprovadamente, os líderes evangélicos da região estariam causando
aos fieis de religiões afro? Ou: as religiões de matrizes africanas
pretendem que as igrejas evangélicas patrocinem seus cultos? Ou ainda: a
competência, o assíduo e perseverante trabalho da igreja evangélica no
atendimento as comunidades faz desta igreja um órgão responsável por
atos de violência contra outras religiões?
Jamais, sob nenhuma hipótese, o povo evangélico deve ser considerado
intolerante ou preconceituoso. O dado inquestionável, no entanto, é que
pelo menos 105 mil pessoas, só no ano passado, foram mortas pelo simples
fato de se declarar cristão. Já no Brasil, existe um ativo preconceito
anticristão, principalmente nos órgãos sociais e na imprensa.
Mas pergunto: qual a real intenção da Comissão de Combate à
Intolerância Religiosa (CCIR), ao tentar responsabilizar os líderes
evangélicos por uma ação do crime organizado? Isto é uma desculpa
estapafúrdia de quem tenta a todo custo manchar a imagem da liderança
cristã, seja por motivação política, religiosa ou simplesmente pelo
mérito da luta do pequeno contra o grande. Neste caso do pequeno grupo
dos religiosos de raiz afro contra a poderosa e crescente igreja
evangélica brasileira.
Cansei de ler na imprensa brasileira, americana, espanhola, italiana,
de todo o mundo, textos que relacionam os evangélicos a criminosos,
estupradores, pedófilos, promíscuos, ignorantes e outros adjetivos que
não vale lembrar. Eu sei que o mais trágico nesta história ainda está
por vir. Nada que me escandalize, mas a incompetência de muitos órgãos
públicos não se caracteriza apenas pela falta de ética, mas também pela
falta de argumentos.
Há gente muito interessada na ambição de desconstruir a imagem da
igreja evangélica. Não me impressiona que essa gente tenta e tenha
conseguido vender essa imagem a imprensa. Vejam que não precisam de
muito esforço para publicarem este tipo de pauta na mídia secular
brasileira. O fato é que evangélico não trafica, não rouba, não mente,
não posa pelado, não denigre nem chuta a imagem de ninguém.
Jamais apoiamos e apoiaremos qualquer ato de intolerância e
preconceito de qualquer espécie. Até porque somos as maiores vítimas
desta sórdida, maligna e inconsequente intolerância religiosa ao longo
de toda nossa existência.
Fonte: http://artigos.gospelprime.com.br/evangelicos-traficantes-culto-religioes-matriz-africana-intolerancia/
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