“EIS QUE ESTOU À PORTA
E BATO”
Portas. Existem muitas portas. Grandes, pequenas, largas, estreitas, simples, novas, velhas, sofisticadas, eletrônicas, abertas
por computador. Há portas que se abrem com uma
simples chave, comum. Há portas que só se abrem,
mediante a digitação de um número, um código de
acesso.
Uma senha, ou “pass-word”, na linguagem
técnica dos computadores. Há, ainda, as mais sofisticadas, que se abrem mediante a colocação da impressão digital num sensor, ou, mais complexas ainda, que se abrem, ao se colocar o olho diante de
uma câmera, que identifica a íris do olho. Isso não é
ficção. Já é realidade.
Uma porta é sempre uma porta. Ela sugere a entrada que dá acesso a algum lugar. E permite a saída,
também. Porta também significa, tipologicamente,
solução para alguma coisa.
Quantas vezes, ouvimos
alguém, orando a Deus, ou pedindo orações para que
Ele abra uma porta. É o anseio do coração para ter a
solução de um problema.
Mas existe uma porta, que é muito complexa. Diante dela, o Senhor Jesus diz, no Apocalipse: “Eis que
estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e
abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei,
e ele, comigo” (Ap 3.20). Essa porta é a mais complicada de todas as portas que há no mundo. Na maioria das pessoas, na Terra, ela não se abre com facili- dade para Deus. Ela quase sempre está fechada para
Jesus. No texto citado, Jesus se dirigia à igreja de
Laodicéia, a igreja morna, que tinha a fachada de
rica, próspera, mas, para Deus, não passava de
“miserável, pobre, cega e nua”. Mas a porta dela estava fechada para Jesus. O Senhor, o bondoso nazareno, o Salvador, o Cristo que morreu na Cruz do
Calvário, estava do lado de fora, batendo, batendo.
Sem ser atendido.
Certa estória, em forma de crônica, conta que um
famoso pintor, convidou as autoridades, e o povo em
geral, para assistir à exposição de seu mais famoso
quadro. A peça artística estava coberta com um pano
de veludo. As pessoas aguardavam, ansiosas, o descerramento da cobertura, para poderem apreciar a
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tão falada obra de arte.
O pintor, saudado com palmas, puxou o pano, e apareceu o belo quadro, que representava Jesus, diante
de uma porta, batendo, desejando falar com alguém
que estava na casa. O quadro era espetacular. A imagem de Jesus parecia estar viva. Todos aplaudiram
vivamente a obra do artista. Mas, de repente, um observador, curioso, levantou a voz, e disse que estava
faltando algo, no quadro. Precisamente, na porta da
casa, que compunha a pintura.
O pintor indagou o que seria, e o espectador disse que
faltava uma fechadura, na porta. Como se poderia
abrir, se a porta não tinha a fechadura? Então, o pintor, com calma, explicou para todos. “Acontece que,
no meu quadro, essa porta representa o coração do
homem. Só tem a chave, e só pode ser aberto, por
dentro”.
Deus tem o poder de abrir qualquer porta. Diz a Bíblia que, à igreja de Filadélfia, o Senhor Jesus disse:
“sou .... o que abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém abre” (Ap 3.7). No entretanto, em relação à porta do coração, Jesus é muito gentil. Ele bate. E espera.
Poderia fazer uso de sua onipotência, e arrombar qualquer porta do mais duro e empedernido coração humano. Mas, não.
Ele não o faz. Ele bate, e espera. Bate, e espera. Muitas vezes. Esperando ouvir, de dentro, a voz do interior da alma do homem, disposto a
abrir-lhe a porta.
Diante do bater de Jesus, ante a porta do coração.
Há dois tipos de pessoas. As que abrem. E as que não
abrem. As que ouvem a voz do Mestre, Salvador, E as
que, sabendo que é Ele, o deixam bater, e bater, sem
ao menos dar-lhe um pouco de atenção. Mas, aos que
abrem a porta do coração para Jesus, ele diz: “se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em
sua casa e com ele cearei, e ele, comigo” (Ap 3.20b).
Que maravilha! Receber Jesus, e tê-lo como convidado
de honra, ceando em sua casa. É o salvo! O que aceita
a Cristo, e vai morar com Ele no céu. Quem não abre a
porta, permitindo Jesus entrar, é perdido, ingrato para
com Deus. Prefere cear com o pecado, com o diabo,
com o mundo, com a carne. E irá para a perdição eterna. E você, abriu o seu coração para Jesus?
Pr. Elinaldo Renovato de Lima
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