“O VALOR DO AMOR EM
NOSSAS VIDAS”
A palavra amar tornou-se algo tão banalizado e distorcido no meio da sociedade, que o
amor parece que perdeu seu significado.
Normalmente, há jovens que, quando pensam em amor, pensam logo em namoro, ou em sexo.
É o
resultado de uma onda avassaladora de informações deturpadas que passam para as pessoas através da mídia, principalmente da televisão. Nas novelas, amar é fazer sexo, e
de qualquer maneira, e com qualquer pessoa. Essa é uma
visão prejudicada do verdadeiro sentido do amor. O próprio
dicionário já consagra os falsos conceitos de amor: “Amor
livre: O que repudia a consagração religiosa ou legal, representada pelo casamento; Fazer amor: Ter relações sexuais;
copular; Mas há também os conceitos genuínos do que vem
a ser amor. É neste sentido positivo que aproveitamos o
tema para esta reflexão.
Em primeiro lugar, devemos considerar o que significa amor: “Sentimento que predispõe alguém a desejar o
bem de outrem; Sentimento de dedicação absoluta de um
ser a outro ser; Afeição, amizade, carinho, simpatia, ternura; Muito cuidado; zelo, carinho. Naturalmente, essas conceituações referem-se ao amor humano, devotado às pessoas que nos cercam. Como cristãos, precisamos valorizar o
amor em nossas vidas. Não de modo teórico, mas na prática diária do nosso viver, no relacionamento com os outros.
Jesus, indagado pelos fariseus sobre qual seria o maior dos
mandamentos, disse: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo
o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti
mesmo” (Mt 22.38,39).
Vemos que, em primeiro lugar, Jesus destacou o
amor a Deus de todo o coração, de toda a alma, de todo o
pensamento. Pensemos bem no que isso significa. Não é
apenas ser membro de uma igreja, dizer que é crente, ou
que é religioso. É muito mais elevado e mais profundo. É
ter uma devoção tão grande a Deus, que dá lugar a um
sentimento verdadeiro e sincero de profunda reverência e
zelo pelas coisas sagradas. É o amor ágape, que transcende
à lógica humana. Quem ama a Deus da forma a que Jesus
se referiu, jamais quer desagradá-lo, desrespeitá-lo, desobedecê-lo.
Logo a seguir, Jesus completou a resposta, afirmando que o segundo mandamento mais importante é
“Amarás a teu próximo como a ti mesmo”. A essência do
cristianismo está aí, resumida nesses dois mandamentos:
Amar a Deus, e amar o próximo. Esse é o maior desafio do
cristão.
Amar a Deus parece que não é tão difícil, pois não o
vemos com os olhos humanos. Amar o próximo parece tam2
bém que não é difícil, mas é um desafio tremendo. As fraquezas do ser humano, as falhas do temperamento, os defeitos
da personalidade, a formação defeituosa que podemos ter, os
nossos defeitos, enfim, parecem obstáculos ao amor no dia-a
-dia. Falar de amor é fácil. Difícil é praticar o amor, a caridade, de que fala 1 Co 13.
Uma ilustração parece-nos traduzir bem esse dilema
do amor constante, na prática da vida. “Um esposo foi visitar
um sábio conselheiro e disse-lhe que já não amava sua esposa e que pensava em separar-se. O sábio escutou-o, olhou-o
nos olhos e disse apenas uma palavra: -Ame-a. E logo se
calou. -Mas, já não sinto nada por ela! -Ame-a, disse-lhe
novamente o sábio. E diante do desconcerto do senhor, depois de um breve silêncio, disse-lhe o seguinte: " Amar é
uma decisão, não é um sentimento; amar é dedicação e entrega. Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor. O
amor é um exercício de jardinagem: arranque o que faz mal,
prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide.
Esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excessos de
chuva mas nem por isso abandone o seu jardim. Ame seu
par, ou seja, aceite-o, valorize-o, respeite-o, dê afeto e ternura, admire e compreenda-o. Isso é tudo. Ame!!!!!! ".
Em seguida a ilustração faz um inteligente confronto
entre o amor e o desamor. ”A inteligência sem amor, te faz
perverso. A justiça sem amor, te faz implacável. A diplomacia
sem amor, te faz hipócrita. O êxito sem amor, te faz arrogante. A riqueza sem amor, te faz avaro. A docilidade sem amor,
te faz servil. A pobreza sem amor, te faz orgulhoso. A beleza
sem amor, te faz ridículo. A autoridade sem amor, te faz tirano. O trabalho sem amor, te faz escravo. A simplicidade
sem amor, te deprecia.
A oração sem amor, te faz introvertido. A lei sem amor, te escraviza. A política sem amor, te deixa egoísta. A fé sem amor, te deixa fanático. A cruz sem
amor se converte em tortura. A vida sem amor não tem sentido!!
Diante dessa reflexão, devemos repensar o nosso
comportamento. Será que realmente praticamos o amor?
Será que não estamos praticando um cristianismo sem amor?
Se assim é, trata-se de um cristianismo sem Cristo. Que
Deus nos ajude, e nos ensine pelo Seu Espírito Santo, a viver
a verdadeira vida cristã, praticando o verdadeiro amor. Em
primeiro lugar, amando a Deus, de todo o coração, de todo o
nosso entendimento, de toda a nossa alma. Em segundo lugar, amando o nosso próximo como a nós mesmos.
Pr. Elinaldo Renovato de Lima
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