“O VALOR DO REALISMO DIANTE DAS COISAS DE DEUS”

“O VALOR DO REALISMO DIANTE DAS COISAS DE DEUS” 

Realismo quer dizer “sentido da realidade, disposição a vê-la tal como é, sem deformála interpretativamente. Atitude prática, conjunto de normas para agir de acordo com os fatos. Sensatez”. 

Nós, cristãos, cremos que somos o povo mais importante da face da terra; cremos que cultuamos ao único Deus verdadeiro, acima de todos os (falsos) deuses; cremos que proclamamos a verdade mais pura para a vida do ser humano; cremos que temos a melhor religião que o mundo já conheceu, que está acima de todas as seitas e falsas religiões que apareceram; pregamos que temos a melhor e mais perfeita solução para todos os problemas do homem. Mas... 

Na prática, parece que não estamos sendo realistas. Talvez, em muitos casos, estejamos deformando a realidade; talvez estejamos passando uma imagem que não é verdadeira para muitos cristãos. E isso é muito ruim, pois, um dia, haveremos de prestar contas a Deus por tudo o que somos, pelo que temos, pelo que falamos, pelo que apresentamos ao mundo. 

Conta-se que o Mahatma Ghandi, líder hindu, respondendo à pergunta que lhe fizeram sobre o Cristianismo, ele disse: “Admiro o vosso Cristo, mas não o vosso cristianismo”. E ele explicou que Cristo tinha um modelo, uma doutrina extraordinária para os homens. Mas os cristãos não viviam aquilo que pregavam. Quando eu era estudante universitário, li um relato em uma revista que falava de um diálogo entre um jovem cristão e um jovem comunista. O cristão falava para o jovem ateu que Cristo era melhor, que a igreja era algo maravilhoso, que a Bíblia era a melhor mensagem. Ao que o comunista respondeu: “Se eu tivesse a fé que vocês cristãos têm; se eu tivesse o Deus que vocês dizem ter; se eu cresse que a Bíblia era a melhor mensagem; eu não faria outra coisa no mundo; sairia por aí pregando essa verdade; divulgando o nome desse Deus de vocês, assim como eu, comunista, saio divulgando a mensagem em que acredito”. 

Amados irmãos, eu pergunto: Será que estamos sendo realistas como cristãos? Será que estamos vivendo aquilo que pregamos? Na verdade, não adianta querer dar respostas do tipo “é a igreja não faz o que prega...”; “é, a igreja não faz isso ou aquilo...”. A resposta deve ser “como EU estou agindo; será que EU faço o que digo?; será que EU digo o que faço? Será que EU estou dando a minha contribuição para que o evangelho seja visto como a melhor mensagem?”. Será que EU estou glorificando a Deus no meu testemunho? A igreja somos nós, primeiro, individualmente; depois, coletivamente. 2 Estava em Porto Velho-RO, quando me deram um pequeno jornal, no qual li o seguinte artigo, com o título “NÃO É ENGRAÇADO?” – Não é engraçado como R$10,00 parecem muito, quando levamos à igreja, e tão pouco, quando vamos ao Shopping? – Não é engraçado como uma hora é tão longa, quando estamos na igreja, , mas tão curta , quando assistimos a um jogo de futebol? – Não é engraçado, como duas horas na igreja parecem mais longas do que quando assistimos um filme? – Não é engraçado , quando não achamos palavras, quando oramos, mas elas estão sempre na ponta da língua para conversarmos com um amigo? – Não é engraçado acharmos cansativo ler um capítulo da Bíblia, mas é fácil ler 100 páginas do último romance de sucesso? – Não é engraçado como queremos sempre as cadeiras da frente no teatro ou num show, mas sempre sentamos no fundo da igreja? – Não é engraçado como precisamos de duas a três semanas de antecedência para agendar um compromisso na igreja, mas para outros programas estamos sempre disponíveis? – Não é engraçado como temos dificuldades de aprender a evangelizar, e como é fácil aprender a contar a última fofoca? – Não é engraçado como acreditamos nos jornais, mas questionamos a Bíblia? – Não é engraçado como todo mundo quer ser salvo, desde que não tem há que acreditar, dizer ou fazer nada?- Não é engraçado como mandamos milhares de piadas pelo e-mail que se espalham como incêndio, mas quando recebemos mensagens sobre o Senhor não revelamos a ninguém? – Não é engraçado? Você está pensando? – Não é engraçado que, quando você for dar um fim nesta mensagem você vai excluir um monte de gente que você acha que não acredita em nada? Não é engraçado? – NÃO! – é TRISTE...” (Extraído do Jornal Norte Evangélico). Prezados irmãos em Cristo. Creio, diante de uma reflexão como esta, precisamos fazer uma autoavaliação do nosso viver como crentes em Deus. A Bíblia diz: “Assim falai e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade” (Tg 2.12). 

Pr. Elinaldo Renovato de Lima