“É impossível alguém se arrepender de fato sem ter uma profunda decepção consigo mesmo.” (A. W. Tozer)
O arrependimento, tão necessário à vida cristã, deve ser uma prática cotidiana: diariamente olhamos para dentro de nós mesmos e refletimos sobre nossa condição e sobre a necessidade que temos de Jesus e sua purificação.
Na realidade, para sermos salvos, a primeira coisa que precisamos fazer é nos arrependermos e reconhecermos que somos pecadores. Depois disso, cremos na graça de Deus e acreditamos que Jesus é o único que pode nos salvar.
Essa salvação, que procede e depende do Senhor, não pode ser alcançada sem arrependimento, visto que é essa atitude que faz com o que creiamos que a obra de Jesus na cruz aconteceu para que fôssemos reaproximados ao Pai. Um dos pensamentos de Tozer trata:
“A ideia de que Deus perdoará o rebelde que não desistiu de sua rebelião é contrária tanto à Escritura quanto ao bom senso.” (A. W. Tozer)
E como, então, reconhecemos essa tão desesperada necessidade de redenção? Tozer nos responde:
“Um homem sincero com uma Bíblia aberta, um caderno de notas e um lápis, sem dúvida encontrará bem depressa o que há de errado consigo próprio.” (A. W. Tozer)
“Se as insondáveis riquezas de Cristo não merecem que por elas soframos, é bom saber disso agora e parar de brincar de religião.” (A. W. Tozer)
O sofrimento na vida do cristão nunca é em vão. Seja o nosso sofrimento por causa da cruz de Cristo ou devido à natureza caída do ser humano, temos esperança. Veja esses dois versículos:
“Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança.” (Tiago 1:2-3 – NVI).
“Eu disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo”. (João 16:33 – NVI).
O sofrimento faz parte da vida de todas as pessoas, e é completamente inevitável. Porém, na vida do cristão, ele produz perseverança e nos leva a confiar em Deus. Além disso, o sofrimento que passamos pode ajudar outra pessoa e nos leva a testemunhar a elas o sustento que Deus nos dá.
“É muito improvável que Deus use uma pessoa que nunca sofreu profundamente uma dor.” (A. W. Tozer)
“Um cristão verdadeiro é uma pessoa estranha em todos os sentidos. Ele sente um amor supremo por alguém que ele nunca viu; conversa familiarmente todos os dias com alguém que não pode ver; espera ir para o céu pelos méritos de outro; esvazia-se para que possa estar cheio; admite estar errado para que possa ser declarado certo; desce para que possa ir para o alto; é mais forte quando ele é mais fraco; é mais rico quando é mais pobre; mais feliz quando se sente o pior. Ele morre para que possa viver; renuncia para que possa ter; doa para que possa manter; vê o invisível, ouve o inaudível e conhece o que excede todo o entendimento.” (A. W. Tozer).
A vida cristã realmente é contrária à conduta do mundo. Enquanto que na Terra precisamos fazer alguma coisa para receber outra em troca, na realidade dos céus não precisamos fazer nada, a não ser crer em Cristo.
E por causa disso, por crermos e nascermos de novo, passamos a viver não mais a nossa própria vida, mas a vida de Jesus:
“A nossa grande honra está em sermos precisamente o que Jesus foi e é. Ser aceito pelos que O aceitam, rejeitado pelos que O rejeitam, amado pelos que O amam e odiado pelos que O odeiam.” (A. W. Tozer).
Quão grandiosa responsabilidade, nesse ponto de vista. Através das nossas palavras, comportamentos, modos de agir e reagir, carregamos Cristo, e não mais o nosso próprio nome. Veja um dos pensamentos de Tozer acerca disso e reflita:
“Milhões de cristãos professos falam como se Cristo fosse real, mas agem como se Ele não fosse.” (A. W. Tozer)
“A essência da idolatria é o entretenimento de pensamentos sobre Deus que são indignos Dele.” (A. W. Tozer).
O que vem à sua cabeça quando você pensa em idolatria? A maioria das pessoas tende a pensar em imagens e estátuas pagãs, quando na realidade a idolatria não se resume a isso.
É fácil ficarmos apegados demais às coisas materiais: nosso trabalho, a casa, o carro, a carreira, uma pessoa, um relacionamento… e acabarmos colocando todas essas coisas no lugar de Deus. Nasce aqui, nesse ponto, a idolatria.
Você pode até se defender dizendo não se deixar levar pelas coisas que são passageiras, mas há também outra coisa que pode ser facilmente idolatrada e colocada no lugar do Senhor:
“O eu é tão sutil que raramente alguém percebe sua presença.” (A. W. Tozer)
Já parou para refletir que todos nós estamos constantemente propensos a idolatrar a nós mesmos? Tiramos a glória de Deus quando pegamos o mérito por sua obra, ou quando priorizamos nossas próprias vontades em detrimento das vontades do Senhor – nesse momento, tornamo-nos perigosamente idólatras. Um dos pensamentos de Tozer tratava exatamente disso:
“Um ídolo na mente é tão ofensivo a Deus quanto um ídolo na mão.” (A.W Tozer).
“Deus prefere adoradores a trabalhadores; de fato, os únicos trabalhadores aceitáveis são aqueles que aprenderam a arte da Adoração.” (A.W Tozer).
Enquanto servos ativos na casa de Deus, estamos constantemente tentados e propensos a cair no ativismo: trabalhamos demais em prol da obra do Senhor, e ainda assim somos capazes de esquecer que a obra é efetivamente Dele.
A adoração corre o risco de cessar quando perdemos a sensibilidade à voz do Espírito Santo e passamos a viver isentos da consciência da divindade e soberania do Senhor:
“Adoração é a jóia perdida da Igreja Evangélica.” (A.W Tozer).
Social